sábado, 23 de dezembro de 2023

2023 – O ano em que o mundo viu o imperador dos EUA nu… e grotesco

Ver a verdade nua e crua geralmente é o primeiro passo antes de podermos perceber a verdade da beleza e da decência. Poderíamos esperar que o mundo esteja dando o primeiro passo.

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

O presidente americano Joe Biden gosta de falar sobre “pontos de inflexão” quando dá palestras sobre assuntos mundiais e a suposta superioridade dos Estados Unidos. Este ano é de fato um ponto de inflexão.

Foi o ano em que o mundo inteiro viu a natureza verdadeiramente hedionda e criminosa do poder dos EUA.

O facto de Washington alimentar o conflito fútil na Ucrânia e o massacre desprezível em Gaza é um alerta para o mundo inteiro. Os Estados Unidos permanecem descarados e grotescos como o principal fornecedor de guerra. Não pode haver dúvida sobre isso. Para muitos é chocante, escandaloso e assustador.

Parece que, tragicamente, para o mundo, cada final de ano é uma ocasião para testemunhar e lamentar os conflitos, as guerras e o sofrimento dos últimos 12 meses. Muitas vezes as causas das guerras e do sofrimento são aparentemente insondáveis.

No entanto, este ano parece ser único. O ano termina com um massacre horrendo em Gaza sem precedentes e perpetrado por Israel com o total apoio dos Estados Unidos. A escala dos assassinatos em massa deliberados em Gaza torna-os um genocídio. O facto de esta abominação estar a ocorrer na época do Natal, quando o mundo deveria celebrar o nascimento divino de Jesus Cristo – o Príncipe da Paz – no mesmo lugar onde ele nasceu há cerca de 2.000 anos, torna a abominação ainda mais profana e condenatória. .

O que é particularmente lamentável é que a hedionda destruição de crianças esteja a acontecer à vista de todo o mundo. Não há remorso ou fingimento. É um assassinato premeditado cometido com crueldade e impunidade doentia.

Angola | As Vaporosas e o Espírito de Natal -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Luanda era uma cidade de extremos. Entre os musseques e a cidade de asfalto existia um mundo de segregação racial e social, injustiça, dominação, desumanização. De um lado as vítimas do colonialismo, do outro os beneficiários do sistema que tinha muito de apartheid. Até mesmo entre os privilegiados do asfalto existiam diferenças. No Miramar, Bairro do Café e depois de 1961 no Alvalade estavam as elites colonialistas. No Bairro Madame Berman ou nas duas versões do Bairro Popular, os brancos pobres. Até os cabarés reflectiam essa sociedade doentia e concentracionária.

No Rex, o mais rosqueiro cabaré de Luanda, num largo escondido do Bairro de São Paulo, paraíso de mestiços e brancos desclassificados, as empregadas eram putas. Na Tamar eram vaporosas. No Bambi e no Marialvas as meninas que se despiam eram bailarinas frívolas. Na Tamar eram estrelas internacionais. Rex e Copacabana não tinham estatuto para o espectáculo da madrugada com strip-tease. Não havia espaço para orquestra nem palco. O Rex só tinha um trio que tocava mambos, boleros, rumbas e chá-chá-chá. O líder era marreco e muito meu amigo. Tocava bateria como ninguém. Noite doce noite só eu sei quanto custa viver.

Por altura do Natal a música era mais para o “slow” e os pares dançavam coladinhos. Uma noite entrei no cabaré Bambi, mesmo no momento em que o chefe do conjunto musical anunciava: E agora, senhoras e senhores, variedades! 

Entrou no palco uma cantora desafinada. Depois um cantor canastrão. E por fim a bailarina frívola começou a despir-se ao som de um tango de Gardel. A minha dama de companhia comentava cruelmente a falta de jeito da bailarina. E o seu corpo: Já viste, é uma pançuda! Olha para aquilo, parece paralítica! 

Quando o espectáculo acabou, fiquei a saber que a menina aspirava ser bailarina frívola. E fez-me um desafio: Se me queres tirar desta vida (fazia essa promessa a todas mesmo fora da quadra natalícia), arranja-me um contrato para fazer strip-tease!

Sou homem de desafios. Na noite seguinte fui ao Rex e propus ao marreco jazzbandista que criasse condições para um espectáculo de “strip”. O estrado  era pequeno, só cabia lá o guitarrista, o baterista e o contrabaixista. Mas com jeito arranjava-se um espaço para a menina se despir. Assim me tornei agente artístico.

Angola | Alegria Nacional e Luto na Capoeira – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Finalmente uma boa notícia. A UNITA vai sair da CIVICOP. Que saia depressa, ontem era tardíssimo. Mas para a alegria ser total, ficamos ansiosamente à espera que os sicários do Galo Negro saiam da Assembleia Nacional, onde só entraram porque há muitos eleitores descontentes com o regime democrático. Qualquer porcaria lhes serviu para protestar. Que saiam do Conselho de Estado. Há lugares próprios para depositar lixo, desde contentores a aterros sanitários. Que saiam rapidamente da Comissão Nacional Eleitoral. Que se afastem definitivamente do Estado Democrático e de Direito. Sem truques!

A UNITA não é um partido, é uma seita satânica que mata sem dó nem piedade em nome do mentor, Jonas Savimbi. Destrói equipamentos públicos essenciais. Sabota tudo o que pode. Jamais se integrará na democracia. Apenas existe para destruir Angola. O nível da direcção do Galo Negro é tão baixo, tão rasteiro, tão abaixo de lixo que nem sequer é capaz de reconhecer a existência de Angola como um Estado Soberano. Ainda estão no tempo em que matavam angolanos às ordens do regime racista de Pretória e do estado terrorista mais perigoso do mundo, elevado por João Lourenço à categoria de parceiro privilegiado do Estado Angolano. Farinha do mesmo saco!

Antonino Tchiyulo, membro da seita UNITA, faleceu. O engenheiro das obras feiras Adalberto da Costa Júnior decretou “luto nacional”. Para eles o acampamento da Jamba é a dimensão adequada. O terreiro onde foram queimadas vivas as elites femininas da UNITA é a capital. A casa onde Jonas Savimbi abusava sexualmente das suas escravas, das prisioneiras ou mesmo das esposas dos dirigentes, é o Palácio da Cidade Alta. Se saírem de todas as instituições onde têm acento, fazem um imenso favor ao Povo Angolano.

Os sicários da UNITA mais palavrosos, aqueles que podem dizer tudo sem comprometer o engenheiro à civil Adalberto, insistem nas Eleições Autárquicas. Pura chicana política. Eles não querem eleições. Nunca quiseram. Fugiram delas em 1975. Mataram os eleitores que em Setembro de 1992 não lhes deram o voto. Tentaram tomar o poder pela força e falharam, provocando um banho de sangue. Depois mataram quem apanharam pela frente em todo o país. Partiram tudo. Destruíram tudo. Vou contar-vos um episódio. 

António Dembo ocupou militarmente a cidade do Uíge logo a seguir à publicação dos resultados eleitorais de 1992. Atacaram o palácio do governo com canhões! Eu assisti à sua inauguração. Um palácio lindo, revestido com mármore de Dala Tando! Um Assombro. Dembo e seus matadores partiram tudo. E ficou a viver nos anexos! O embaixador dos EUA, membro da Troika de Observadores, foi à cidade conferenciar com ele. Quando viu o palácio rebentado e o chefe do Galo Negro instalado no anexo, teve este desabafo: Estes senhores não têm mesmo sentido de estado…

CS da ONU aprova texto que exige ajuda urgente a Gaza sem cessar-fogo

A Rússia e os Estados Unidos abstiveram-se na votação da tarde de ontem (22)

Conselho de Segurança da ONU aprovou esta sexta-feira uma resolução que apela aos dois lados do conflito entre Israel e Hamas que facilitem a passagem de ajuda humanitária na região.

O texto não refere um cessar-fogo imediato, uma intenção que os Estados Unidos da América já chegaram a vetar noutra ocasião, mas aponta devem ser "criadas condições" para tal.

A resolução, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos, refere também que devem ser usadas todas as formas de "permitir a entrada de ajuda humanitária" em Gaza e teve de ser reescrita várias vezes ao longo da semana devido a objeções dos Estados Unidos.

Washington absteve-se, tal como a Rússia, permitindo a passagem com 13 votos da resolução que não apela a um cessar-fogo imediato.

O texto pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que designe um coordenador especial para monitorizar e verificar o envio de ajuda humanitária ao enclave palestiniano, alvo de constantes bombardeamentos desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, a 7 de outubro.

"Sabemos que este não é um texto perfeito, sabemos que apenas um cessar-fogo acabará com o sofrimento", comentou a embaixadora dos EAU junto da ONU, Lana Zaki Nusseibeh, citada pela AFP.

Mas "se não tomarmos medidas drásticas, haverá uma fome em Gaza", e este texto "responde através de ações à situação humanitária desesperada do povo palestiniano", acrescentou a diplomata antes da votação na sede da ONU em Nova Iorque.

A referência a uma "cessação urgente e duradoura das hostilidades", presente no primeiro texto, desapareceu, tal como o pedido menos direto, na versão seguinte, de uma "suspensão urgente das hostilidades".

"Trabalhámos árdua e diligentemente esta semana com os EAU, com outros, com o Egito, para chegar a uma resolução que possamos apoiar", disse a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, na quinta-feira à noite.

"O projeto de resolução não foi enfraquecido. O projeto de resolução é muito forte, totalmente apoiado pelo bloco árabe", afirmou, acrescentando que "a ajuda humanitária será entregue aos que dela necessitam".

O Conselho de Segurança tem sido muito criticado pela inação desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, enquanto a ONU alertou nos últimos dias para a insegurança alimentar "sem precedentes" dos habitantes de Gaza, agora ameaçados pela fome.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, o Conselho de Segurança só conseguiu quebrar o silêncio uma vez, com a resolução de 15 de novembro na qual pedia "pausas humanitárias". Em dois meses, rejeitou cinco outros textos, dois dos quais foram vetados pelos Estados Unidos, incluindo o último, a 8 de dezembro.

Nessa altura, apesar da pressão do secretário-geral da ONU, António Guterres, os Estados Unidos bloquearam o apelo para um "cessar-fogo humanitário", também considerado inaceitável por Israel.

Face ao bloqueio do Conselho, a Assembleia-Geral da ONU aprovou a 12 de dezembro uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato em Gaza, mas que não tem caráter jurídico vinculativo.

Gonçalo Teles com Lusa | TSF | Imagem: © Michael M. Santiago/Getty Images via AFP (arquivo)

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"Algo nunca visto antes na história da ONU." 130 funcionários morreram em Gaza

António Guterres lamenta ainda que "a maior parte" do pessoal da ONU "tenha sido forçado a fugir das suas casas".

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sublinhou que 136 funcionários da organização foram mortos na Faixa de Gaza desde o início do conflito, "algo que nunca foi visto antes na história da ONU".

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o português lamentou ainda que "a maior parte" do pessoal da ONU "tenha sido forçado a fugir das suas casas" e prestou "homenagem a eles e aos milhares de trabalhadores humanitários que arriscam as suas vidas ao apoiar os civis em Gaza".

A declaração de Guterres surgiu na sexta-feira, horas depois do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP, na sigla em inglês) ter anunciado a morte de um dos funcionários e da sua família no enclave palestiniano.

"Estamos profundamente tristes por anunciar a morte do nosso colega Issam Al Mughrabi e da sua família, mortos num ataque aéreo em Gaza", declarou o UNDP, na rede social X.

"Ele será recordado como um membro querido da nossa equipa", acrescentou o programa da ONU.

A agência lembrou que "as Nações Unidas e os civis em Gaza não são alvos" do atual conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Pelo menos 18 pessoas morreram na sexta-feira, depois de o exército de Israel bombardear uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, avançou a agência de notícias palestiniana Wafa.

O ataque das Forças de Defesa de Israel, que ocorreu no leste do campo de refugiados, também deixou dezenas de feridos, de acordo com fontes locais citadas pela agência.

Também na sexta-feira, durante uma outra ofensiva, os aviões israelitas destruíram uma fábrica de dessalinização de água na cidade de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

O Crescente Vermelho Palestiniano denunciou igualmente um outro "bombardeamento pesado" nas imediações do Hospital Al Amal, na cidade de Khan Younis.

Israel declarou guerra ao Hamas, em retaliação ao ataque de 07 de outubro perpetrado pelo grupo em território israelita, que fez 1.139 mortos, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 128 das quais se encontram ainda em cativeiro pelo movimento, considerado uma organização terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por Israel.

A ofensiva israelita por terra, mar e ar já provocou mais de vinte mil mortos, entre os quais oito mil crianças e 6.200 mulheres, e 52.600 feridos, de acordo com números das autoridades locais controladas pelo Hamas, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, segundo a ONU.

Cerca de 130 reféns permanecem em cativeiro no território palestiniano, onde a população deslocada sobrevive em tendas em pleno inverno e numa profunda crise humanitária.

TSF | Lusa | Imagem: António Guterres © Andrea Renault/AFP

Brigadas Tulkarm conduzem operação de tiro contra IOF (Israel)

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Os combatentes das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa enfrentaram as forças de ocupação com uma pesada barragem de balas durante a incursão destas últimas na cidade de Jenin e no seu acampamento.

As Brigadas Al-Quds em Tulkarm confirmaram que seus combatentes abriram fogo contra uma força de infantaria israelense no Portão Karak em Deir al-Ghosoun, ao norte da província de Tulkarm, na Cisjordânia , confirmando ataques diretos. 

Na declaração, a Brigada Tulkarm das Brigadas Al-Quds  confirmou a prontidão dos seus combatentes para enfrentar qualquer agressão israelita que tenha como alvo a cidade de Tulkarm, os seus campos e arredores, a qualquer momento e sob quaisquer circunstâncias.

O correspondente de Al Mayadeen relatou tiros em postos de controle israelenses ao redor de Tulkarm, especialmente em "Moshav Nitzanei Oz", "Avnei Hefetz" e Al-Tayyibah.

A ocupação continua atacando Jenin

No mesmo contexto, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa anunciaram que os seus combatentes foram capazes de confrontar e enfrentar as forças de ocupação, fazendo chover uma pesada saraivada de balas durante a incursão destas últimas na cidade de Jenin e no seu acampamento.

Também foi relatado que as Forças de Ocupação Israelenses invadiram a cidade de Ariha e os campos de Ein Al-Sultan e Aqabat Jabr na manhã de sábado.

Fontes locais também relataram que vários veículos militares de ocupação invadiram o acampamento de Jenin, onde estavam estacionados mais tarde, com confrontos entre os jovens e as forças de ocupação que dispararam balas e granadas sónicas sem relatar quaisquer feridos.

As forças de ocupação também invadiram várias casas no campo de Aqaba Jabr sem que ninguém fosse detido.

Leia mais: Resistência confronta IOF em todas as frentes em Gaza no 77º dia de guerra

IOF ataca cidades na Cisjordânia, Resistência os confronta

As Forças de Ocupação Israelenses (IOF) persistiram com suas campanhas de ataques às cidades, vilas e campos palestinos da Cisjordânia, na manhã de sexta-feira.

A campanha de agressão da ocupação centrou-se nas cidades de Qalqilya e Tubas antes de se retirar delas.

A mídia palestina informou que unidades especiais das Forças de Ocupação Israelenses invadiram a cidade de Qalqilya, no norte da Cisjordânia, detendo um jovem palestino, Tawfiq Abu Labda, após sitiar sua casa no bairro de Kfar Saba, na cidade de Qalqilya.

Na cidade de Tubas , as forças de ocupação retiraram-se após não conseguirem deter os alvos pretendidos.

As forças israelenses também abriram fogo contra jovens palestinos durante o ataque à cidade de Surif em Al-Khalil , enquanto o Crescente Vermelho informou que um jovem palestino sofreu ferimentos graves no peito e no abdômen devido a munições reais disparadas pela IOF.

O Crescente Vermelho também informou que outros dois palestinos foram feridos por tiros israelenses na cidade de Halhul, no sul da Cisjordânia.

Leia mais em Al Mayadeen

As táticas do Hamas prendem a IOF em emboscadas mortais: Washington Post

“Vitória da Palestina mais próxima do que nunca”: eurodeputado espanhol

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Manu Pineda, um membro espanhol do Parlamento Europeu , revelou numa entrevista exclusiva a Al Mayadeen durante uma visita a Cuba na sexta-feira que a Espanha condena os crimes de “Israel” em Gaza.

“A partir daqui, de Cuba, a ilha da dignidade rodeada pelo imperialismo e que não deixou de manifestar o seu apoio a esta questão, condenamos os crimes do governo de ocupação”.

Afirmou também que a ocupação “nunca poderá vencer a determinação do povo palestiniano”, acrescentando que basta olhar para o sorriso de uma criança palestiniana para reconhecer que é imbatível. 

Pineda acrescentou então que “Israel” não está apenas perdendo batalhas militares, mas também batalhas políticas. 

“Hoje, o mundo inteiro sabe que Israel é uma entidade terrorista que se tornou imune às alegações de que os judeus são as vítimas que têm direito à terra palestiniana”, disse o deputado espanhol, acrescentando que “Israel está tão morto como uma expressão ."

Além disso, Pineda sublinhou que, embora milhares de mártires palestinianos tenham caído e a Faixa de Gaza tenha sido completamente destruída, a vitória da Palestina está mais próxima do que nunca e a batalha pela libertação tornou-se mais estreita após a Operação Al Aqsa Flood.

'Israel' reforça prática de limpeza étnica

Numa conferência de imprensa realizada sexta-feira no Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), na capital cubana, Havana, Pineda alertou sobre o "perigo de envenenamento dos meios de comunicação que procuram distorcer a verdade do que tem acontecido nos territórios ocupados". territórios palestinos desde 7 de outubro e ignora as raízes mais antigas e profundas do conflito."

Pineda também acusou a ocupação israelita de reforçar a prática de limpeza étnica e de supremacia, dizendo que esta "política assassina matou mais de 20.000 mártires, a maioria dos quais são mulheres, crianças e idosos", e mais tarde condenou os Estados Unidos e a União Europeia. A “cumplicidade da União com o genocídio do regime israelita , bem como o fracasso da comunidade internacional em acabar com a guerra em Gaza e em conceder impunidade à ocupação pelos seus crimes”.

Ele também zombou da ideia de que a narrativa de “Israel” representa os judeus, já que há muitos que recusam os seus crimes contra os palestinos, incluindo os israelenses. 

Não é uma nova postura de Pineda

Esta não é a primeira vez para Pineda, já que ele demonstrou solidariedade consistente com a Palestina em diversas ocasiões. Numa visita ao Líbano em Outubro , afirmou que “Israel” assassina crianças, mulheres e jornalistas em Gaza e que a sua agressão na Faixa é um “crime de guerra”.

Pineda deu uma conferência de imprensa fora do centro de detenção de Khiam, onde declarou o seu apoio ao povo palestino.

O centro de detenção era operado pelas forças de ocupação israelitas e pelos seus colaboradores no Sul do Líbano. As forças de ocupação israelenses detiveram, abusaram, torturaram e mataram moradores locais e combatentes da Resistência dentro das instalações. Foi apenas em 25 de maio de 2000 que os detidos foram libertados do complexo depois que residentes do sul do Líbano correram em sua direção após a retirada israelense do Líbano.

Pineda disse: "Vocês são um povo muito importante [os libaneses] para a Palestina e sua justa causa", acrescentando que "a agressão israelense é um crime de guerra e a [ comunidade internacional ] deveria fazer Israel pagar o preço."

O eurodeputado sublinhou que o dia 7 de Outubro surgiu em resposta à contínua agressão que a ocupação israelita praticou contra o povo palestiniano durante décadas.

Acrescentou ainda que o direito internacional legitima o direito à autodefesa contra a agressão e o direito de resistir à ocupação, sublinhando que foi isto de facto o que aconteceu no dia 7 de Outubro.

PELO MUNDO, AL JAZEERA, POR TODOS, PARA TODOS - relatórios/atualizações

Israel continua bombardeio em Gaza enquanto ONU pede mais ajuda humanitária

Mersiha Gadzo ,  Virginia Pietromarchi  e  Usaid Siddiqui | Al jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Delegação da Jihad Islâmica Palestina chegará ao Cairo: Relatório

Palestinos no centro de Gaza fogem pelo 'corredor da morte' após ordem de Israel

Porta-voz Houthis diz que não há necessidade de ajuda do Irã nos ataques no Mar Vermelho: Relatório

Forte bombardeio relatado em Jabalia

Atualizações em 23 de dezembro de 2023

Israel continua o bombardeamento mortal de Gaza, com os últimos ataques relatados no campo de refugiados de Nuseirat e em Khan Younis

O Conselho de Segurança da ONU aprova uma resolução para aumentar a ajuda ao enclave, mas grupos humanitários dizem que qualquer coisa que não seja exigir um cessar-fogo “não é suficiente”.

O chefe da OMS reitera o alerta de que “a fome está iminente em Gaza” à medida que o conflito bloqueia o acesso a alimentos e outros suprimentos essenciais.

Pelo menos 20 mil palestinos foram mortos em ataques israelenses desde 7 de outubro, segundo o Gabinete de Comunicação Social do Governo de Gaza. O número de mortos no ataque do Hamas a Israel é de quase 1.140.

Ministro das Relações Exteriores da Jordânia visitará Catar

Ayman Safadi deve visitar Doha hoje para “intensificar os esforços” para ajudar a acabar com a guerra em Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia em um comunicado publicado no X.

A visita de Safadi incluirá reuniões com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse o comunicado.

Exército israelense diz ter atingido infraestrutura do Hezbollah no Líbano

O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que as forças israelenses atacaram no início desta manhã e durante a noite a infraestrutura militar pertencente ao Hezbollah no Líbano, incluindo um complexo militar.

Um jornalista que trabalha para Al Manar capturou diante das câmeras o momento em que um ataque aéreo atingiu uma estrada no sul do Líbano, na frente do carro. Nenhuma localização precisa foi fornecida.

Israel ordena evacuação para Deir el-Balah, 150.000 pessoas afetadas: diretor da UNRWA

O diretor de assuntos da UNRWA, Thomas White, diz que mais de 150.000 pessoas foram afetadas devido às últimas ordens de evacuação de Israel para que as pessoas no centro de Gaza se mudassem para Deir el-Balah, “para expandir a operação militar em curso”.

Ele escreveu no X que a área “já está sobrecarregada de deslocados, incluindo abrigos da UNRWA”.

Australianos protestam contra ataques israelenses

Dezenas de ativistas participaram de uma carreata que percorreu as ruas de Melbourne, hasteando bandeiras e faixas palestinas.

Condenaram os ataques de Israel contra os palestinianos e apelaram ao apoio aos direitos palestinianos a um Estado livre e independente.

Outra manifestação foi organizada em Melbourne ao meio-dia da véspera de Natal em apoio à Palestina.

Casa Branca acusa Irã de ajudar Houthis nos ataques no Mar Vermelho

Serdan - Reportagem do Djibuti

O porta-voz da segurança nacional da Casa Branca disse que não há motivos para acreditar que o Irão esteja a dissuadir os Houthis de atacar (navios comerciais no Mar Vermelho) e, portanto, Teerão está profundamente envolvido no planeamento destes ataques.

Os Houthis estão a reagir a isto afirmando que, ao longo dos últimos anos, desenvolveram as suas próprias instalações de inteligência que provaram ser bastante eficazes.

No entanto, as autoridades norte-americanas insistem que os Houthis não possuem radares e que dependem da tecnologia fornecida pelo Irão. Caso contrário, estes mísseis lançados pelos Houthis simplesmente cairiam na água.

O Irão negou repetidamente as alegações do seu envolvimento nestes ataques e disse que esta foi uma decisão tomada pelos próprios Houthis.

Delegação da Jihad Islâmica Palestina chegará ao Cairo: Relatório

Uma delegação da Jihad Islâmica Palestina deverá chegar hoje ao Cairo, informou a Autoridade de Radiodifusão Israelense.

No início desta semana, um responsável do grupo disse que a visita foi planeada para discutir formas de parar a guerra em Gaza e um novo acordo para libertar os restantes cativos dentro da Faixa.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, chegou à capital egípcia na quarta-feira para manter conversações com autoridades egípcias.

Autoridades do Hamas disseram repetidamente que não haverá qualquer acordo sem um cessar-fogo permanente, uma condição que Israel descartou. No entanto, relatos dos meios de comunicação social indicaram que poderão estar em curso conversações para outra trégua de curto prazo.

Palestinos no centro de Gaza fogem pelo ‘corredor da morte’ após ordem de Israel

Maram Humaid - Reportagem do centro da Faixa de Gaza

Faixa Central de Gaza – Israel ordenou que os palestinos evacuassem partes do centro de Gaza em sua última diretiva, uma vez que empurra mais da população de 2,3 milhões de habitantes do enclave sitiado para uma área menor, ao mesmo tempo em que amplia seu bombardeio à Faixa de Gaza.

Os militares israelenses ordenaram na sexta-feira que as famílias fugissem para sua “segurança” para abrigos em Deir el-Balah, no sul de Gaza, de Bureij e áreas de Nuseirat no centro de Gaza.

O anúncio irritou os residentes cansados e exaustos da região, muitos dos quais já foram deslocados internamente várias vezes desde 7 de Outubro.

Continuar a ler/ver em Al Jazeera – em inglês, atualizações

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