PALESTINA LIVRE E INDEPENDENTE, PROJETO NA ONU
Autoridade palestiniana criticou veto norte-americano
Os Estados Unidos utilizaram esta
quinta-feira o seu poder de veto numa votação no Conselho de Segurança sobre o
pedido da Palestina para ingressar na ONU como um Estado de pleno direito, uma
possibilidade rejeitada por Israel.
O projeto de resolução apresentado pela Argélia, que recomendava à
Assembleia-Geral "que o Estado da Palestina seja admitido como membro das
Nações Unidas", obteve 12 votos a favor, um contra e duas abstenções.
A Autoridade Palestiniana
criticou o veto dos Estados Unidos, considerando que é uma "agressão
flagrante" que empurra o Médio Oriente para a "beira do abismo".
"Esta política americana agressiva para a Palestina, seu povo e seus
direitos legítimos representa uma agressão flagrante ao direito internacional e
uma incitação para que continue a guerra genocida contra nosso povo [...] que
levam à região ainda mais para a beira do abismo", declarou o gabinete do
presidente Mahmud Abbas em comunicado.
Na nota, o gabinete de Abbas agradece aos países que apoiaram a adesão plena dos Territórios Palestinianos à ONU.
"O mundo está unido pelos valores da verdade, da justiça, da liberdade e da paz que representam a causa palestina", destacou a Autoridade Palestina, que exerce competências limitadas na Cisjordânia ocupada.
A votação ocorreu em plena guerra na Faixa de Gaza, que opõe há mais de seis meses Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, e que ameaça alastrar-se a outras regiões no Médio Oriente e envolver o Irão, que atacou o Estado judaico no passado fim de semana em resposta a um bombardeamento atribuído às forças de Telavive que visou o consulado iraniano em Damasco (Síria).
Diário de Notícias | AFP
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