quinta-feira, 20 de junho de 2024

OS POLÍTICOS SÃO QUASE TODOS ‘GÉMEOS FALSOS’ – diferentes mas iguais no piorio

Expresso Curto é o que trazemos nesta manhã em que se anuncia calor e bom tempo veranil mas que é mentira. Andam nessa mentira há tempo demais e o resultado está à vista, as alterações climáticas também não são combatidas. De mentira em mentira os governos e os ‘sábios’ do ramo nada fazem de positivo apesar de saberem há imensas décadas que vão fazendo de conta que tudo fazem para respeitar a natureza e a humanidade planetária. Sobrevivemos (os que sobrevivem) num mundo de mentiras pelos ditos ‘dótores’ capacitados, políticos e empresários criminosos em conluio que o que buscam são lucros enormes e imorais a qualquer preço, mesmo que devastadores para o planeta e para todos nós. E por aí todos eles andam impampes na sua ignorância saloia e focados em seus umbigos e suas vistas curtas e avaras. Enganar as plebes são seus objetivos, em busca de melhores tachos e de riquezas acumuladas… Assim não são todos esses falsários mas são demasiados. Não só em Portugal mas por todo o mundo. Obviamente que Portugal não é excepção.

Pois, pois. Este é o Expresso Curto, comandado pela jornalista Lia Pereira do burgo do simpático tio Balsemão/Impresa e mais o que vier. Social-democrata de raiz, maleita de família, talvez excepto nas novas gerações. É a vida.

Navegar. É o que fazemos por oceanos revoltados que só vitimizam os povos. Olhai o Mar Mediterrâneo, um cemitério dos racistas da União Europeia. Desses pseudo-democratas da treta e das desumanidades. Imensos 'gémeos falsos'...

A retórica basta, por agora. Vamos longos apesar de pouco dizer. Passemos para o Curto assumido por Lia e onde se aborda o Tanto Mar de Chico, brasileiro da primavera pá. E mais.

Mergulhe aqui, neste Curto com quase todos os condimentos fora de prazo desta Pátria Lusa de Além Mar. Afinal do Mundo que dos Oceanos faz Fossas Pantanosas e Fétidas. É a democracia. Dizem, mentindo.

Hoje, como antes, há gémeas (idênticas), Marcelo e Filho, muito blá-blá e matilhas de sete cães a um osso com Sales à mistura e outros que afinal só concorreram para um ato de humanidade a favor de duas crianças portuguesas… Mas também brasileiras. Pena que não tivessem logo começando a andar normalmente porque os 'gémeos falso's políticos e ‘justiceiros’ contestários, pidescos, bradariam milagre da Fátima, assim medalhariam garbosamente tudo e todos os intervenientes, incluindo eles próprios. Principalmente eles próprios...

Avante. Vamos nessa.

Bom dia e um Queijo da Serra acompanhado por um Borba tinto à maneira.

Deglutem-no neste Curto a seguir. Não demasiado. Cuidado com o veneno parlamentar ascorosamente político e da pseudojustiça que viola o dito segredo dela impunemente por troca de uns milhares - julgamos nós, os plebeus. Tudo 'gémeos falsos'. Além de tudo isso ainda há a CNN, Centro das Notícias Néscias. Assunto que ficará para depois.

MM | Redação PG

Navegar é preciso, viver também

Lia Pereira, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia.

Em novembro de 1972, Caetano Veloso sentava-se com Chico Buarque (que esta quarta-feira celebrou 80 primaveras) para, num teatro em São Salvador da Bahia, dar um concerto que ficou gravado em disco. 'Os Argonautas', canção que o baiano escrevera três anos antes, integrou o alinhamento do espetáculo, com a sua tirada pedida emprestada a Fernando Pessoa, que por seu turno se terá inspirado num dito do general romano Pompeu: “Navegar é preciso, viver não é preciso”.

Para Portugal têm navegado, nos últimos anos e não necessariamente por mar, pessoas suficientes para que, em 2024, a população do nosso país seja mais volumosa do que nunca. Somos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), 10.639.726 humanos a viver no retângulo que, entre 2022 e 2023, ganhou quase 123 mil habitantes.

Para este crescimento populacional, que se verifica pelo quinto ano consecutivo, contribui o saldo migratório positivo, ou seja, o facto de entrarem no país mais pessoas do que aquelas que saem. Navegar foi, para os imigrantes que Portugal tem vindo a acolher, manifestamente preciso. Viver também deveria ser, mas nem todos o fazemos com o mesmo desafogo – basta ler a brilhante crónica de Clara Ferreira Alves, “Na minha rua não há crianças”, para constatar que, no bairro onde se ergue o prédio mais alto de Lisboa, certos imigrantes só entram a bordo de “motoretas da Glovo e Uber Eats, que entregam a gente invisível, gente fechada em casa a ver televisão ou a alimentar a solidão. Nelas deslizam os paquistaneses, nepaleses, indianos, bangladeshianos, as sobras humanas da Ásia miserável.”

Esta quarta-feira, o tema elevou o tom das vozes no Parlamento, onde o Chega tentou defender cinco propostas anti-imigração, insistindo na colagem entre a mesma e a insegurança. A jornalista Margarida Coutinho esteve lá e conta: “a esquerda uniu-se para desconstruir o discurso do partido de Ventura: à direita, PSD e CDS viraram a mira para o PS, com críticas à sua política de imigração”. Resultado? O Chega ficou isolado e viu chumbadas propostas como aquela que Isabel Moreira, do PS, considerou “cruel e inconstitucional”: a de que os imigrantes fossem obrigados a descontar cinco anos para a Segurança Social antes de poderem usufruir de qualquer prestação social.

À esquerda, lembrou-se que, nos anos 60, também os portugueses emigraram em massa, fugindo, como disse o socialista Pedro Delgado Alves, “da pobreza e da guerra, [sendo] sujeitos ao mesmo tipo de discurso da Frente Nacional que hoje tem o Chega”. Para Ventura, não há comparação possível entre os “valentes homens e mulheres” que então trocaram Portugal por países como França ou Suíça e aqueles que hoje nos procuram. A diferença entre emigração com “e”, ou seja, os que saem, e imigração com “i”, isto é, os que entram, era um clássico nas aulas de português dos anos 80. No novo século, talvez fosse importante apontar que uma coisa é ortografia e outra ética, ou por outra: que o sentido da marcha, a cor da pele ou o poder do passaporte não determinam a idoneidade do indivíduo.

E se em 1969 Caetano Veloso citava Fernando Pessoa, foi recorrendo ao mesmo poeta – e a dois dos seus heterónimos, Álvaro de Campos na abertura e Alberto Caeiro no fecho – que José Tolentino de Mendonça agradeceu ontem o Prémio Pessoa 2023. Referindo-se ao aumento da esperança de vida em Portugal, que no espaço de um século duplicou, cifrando-se agora nos 80 anos, o cardeal e poeta, que Marcelo Rebelo de Sousa louvou como “um homem de diálogo”, defendeu que não basta viver mais, mas sim questionar “qual a realidade humana do encontro ou desencontro que entretecemos. Como fazemos circular entre nós a curiosidade, o conhecimento e o afeto?” Perante a encruzilhada “radical” que enfrenta, a sociedade deve apostar na criação de comunidades fortes, porque, lembrou Tolentino citando Caeiro, “o amor é uma companhia”. E viver é sempre preciso.

OUTRAS NOTÍCIAS

Caso das gémeas Nuno Rebelo de Sousa foi constituído arguido no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no hospital Santa Maria, em Lisboa. O filho do Presidente da República torna-se assim o terceiro arguido do processo, juntando-se ao ex-secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, e a Luís Pinheiro, ex-diretor clínico daquela unidade hospitalar. Os três são suspeitos de crimes como prevaricação e abuso de poder, numa alegada teia de influências para acelerar o tratamento das meninas. Esta quarta-feira, o Parlamento admitiu apresentar queixa por desobediência caso Nuno Rebelo de Sousa não compareça à audição na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Euro 2024 Enquanto espera pelo próximo jogo de Portugal no Europeu da Alemanha (frente à Turquia, no próximo sábado, às 17h00), pode recordar o jogo de estreia da seleção nacional através dos números. Frente à Chéquia, Portugal conquistou 73,6% de posse de bola e fez 29 cruzamentos, mas só teve 1,6 “golos esperados”. Não sabe o que é? Vá por aqui.

Música No próximo fim de semana, o Rock in Rio Lisboa recebe, no Parque Tejo, Jonas Brothers e Ivete Sangalo (sábado), Doja Cat e Camila Cabello (domingo). Na mesma zona da cidade, no mesmo fim de semana, uma ‘miúda’ de 21 anos esgota por duas a maior sala de concertos do país. Quem é Olivia Rodrigo?

Fraude A PJ está a investigar o caso que envolve uma transferência do Instituto de Gestão Financeira da Educação, no valor de 2,5 milhões de euros, para um IBAN de outra entidade. O esquema é cada vez mais comum - o Banco de Portugal explica-lhe os sinais informáticos a que deve estar atento.

Lá fora,

Médio Oriente O gabinete dos direitos humanos da ONU denunciou a “repetida violação dos princípios fundamentais das leis de guerra” pelos ataques israelitas contra a população civil palestiniana. Entretanto, familiares de militares israelitas mortos a 7 de outubro querem criar uma comissão de investigação, após a emissora pública do país ter indicado que os serviços secretos conheciam os planos do Hamas para sequestrar civis e militares.

França O Reagrupamento Nacional de Le Pen retirou parte do seu programa para a defesa do seu site oficial, eliminando as secções que propunham o aprofundamento dos laços diplomáticos com a Rússia, a suspensão de projetos de cooperação militar com a Alemanha e a saída do comando militar integrado da NATO.

Aborto Em Espanha, o Tribunal Constitucional confirmou a reforma legal de 2023, que permite a adolescentes de 16 e 17 anos proceder à Interrupção Voluntária de Gravidez (IVG) sem autorização dos pais.

Catalunha Carles Puigdemont considera “uma traição” qualquer acordo dos independentistas com o Governo espanhol e quer novas eleições no outono.

FRASES

“[A singularidade de José Tolentino Mendonça] está na presença de um princípio poético, um certo tom, afeto ou afeição que encontramos nas crónicas como nas homilias, nos diálogos como nos discursos. O princípio de um humanismo transfigurado atento aos detalhes e à vida concreta de todos”,

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, na entrega do Prémio Pessoa a José Tolentino Mendonça, que sem aviso prévio foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

“A conversa entre Costa e Galamba sobre o despedimento da CEO da TAP nada tem a ver com qualquer processo em investigação. Há regimes em que o Estado pode escutar todos os atores políticos e usar as suas conversas para os destruir: a RDA tinha a Stasi. E há democracias que os cidadãos perderam o apego à sua liberdade”,

Daniel Oliveira, no Expresso

“Já não vou para nova, portanto sapos não, só croquetes”,

Sónia Tavares, vocalista da banda The Gift, aceitando o pedido de desculpa do Rock in Rio após ter sido expulsa da zona VIP do festival por petiscar

O QUE ANDO A LER

“Depois a Louca Sou Eu”, de Tati Bernardi (Tinta da China)

Se é difícil imaginarmo-nos na pele de quem passa por situações radicalmente diferentes daquelas que conhecemos, há quem tenha o dom de, através de uma escrita simultaneamente leve e inteligente, nos fazer sentir o que é viver, por exemplo, na ameaça constante de um ataque de pânico. Em 2016, e após mais um desses momentos em que o mundo parece prestes a acabar, a brasileira Tati Bernardi decidiu escrever um livro sobre três décadas marcadas pela omnipresença da ansiedade extrema. Dramático? Também, mas o humor desconcertante da escritora, publicitária e guionista tudo tempera, com resultados tão profundos como hilariantes. No Brasil, o livro vendeu mais de 30 mil exemplares e foi adaptado, em 2021, ao cinema; em Portugal, está editado pela Tinta da China.

Continue a acompanhar toda a atualidade em expresso.pt e tenha uma ótima quinta-feira.

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