domingo, 6 de julho de 2025

MENTIRA COMPARADA -- A Fuga do Cão Raivoso

J. Bazeza, Luanda >

Notícias de última hora dão conta que na República da Sanzala o pobre povito quer correr, já, já, com o empregado que toma conta da Cidade Alta e todos os seus auxiliares, sobretudo os das limpezas dos cofres que ficam com o dinheiro colado às mãos. Não fica ninguém. Limpeza geral. Depois vamos ter pessoas de bem que corrigem logo quando erram em vez de enganarem quem lhes confiou o voto. E respeitam o programa do partido que é o povo.

A notícia caiu bem e o povo ficou muito alegre. Carnaval antes do tempo. Até parece que todos vão receber os biliões dos negócios da cimeira EUA-África. Atenção, muita atenção! O próximo empregado tem de estar talhado para o lugar. Não pode viver de mentiras e malandrices como este que a notícia dá como corrido para a sua mansão de Washington. Dizem que entregou as fazendas aos macacos. Ruou o Ernesto Bartolomeu e só confia na beleza por dentro da Hariana. Tremenda queda!

Mafioso, com paciência, está a explicar ao povito as malandrices do Empregado que ficou sem padrinho na cozinha e encontrou o capim comido pelos cabritos dos seus concorrentes. O chefão virou roboteiro sem carrinho. Mototaxista sem motorizada. Adivinho sem autorização do bispo Imbamba. Vendedor de energia sem barragens nem painéis solares. Vendedor de água sem camião nem sanga.

Dos derrubados não reza a História. Deixem o empregadito por terra mas bem acomodado na sua mansão de Washington. O Trump vai aplicar-lhe tarifas de 500 por cento. Fica mais pobre do que os trabalhadores da comunicação social pública. Coitados. Vão todos na enxurrada do empregado despedido por indecente e má figura.

Não sabiam? Está aí a bomba mediática. Mafioso conseguiu entrar nos Media públicos, não para arranjar intriga sobre o aumento salarial de 58 por cento. Mas para dizer aos jornalistas que o Empregado da Cidade Alta foi despedido e já podem noticiar os podres dele e seus auxiliares. Até podem mandar a turma toda para as grutas do Nzenzo.  

Mafioso disse aos profissionais dos Media públicos que ao virarem as costas ao Jornalismo, deixaram o empregadito e seus capangas infernizar a vida do povito. Eles próprios estão a  sentir na pele as consequências. Uma delas é a subida constante e desenfreada da cesta básica. Os jornalistas pactuaram com aldrabices atrás de aldrabices. E fizeram da mentiras noticiários certificados por profissionais que e esqueceram de ser dignos e honestos!  Agora é tempo de  comunicar. O cão raivoso fugiu da Sanzala.

O cão raivoso fugiu da Sanzala e até ao momento, ninguém sabe o seu paradeiro. A Hariana continua a mostrar sua beleza interior ao Trump. Cadê o Empregado do Povo? Desaparecido. Vai cobrar comissões no Leste da República Democrática do Congo. Ou trabalhar como adivinho no gabinete do bispo Imbamba.

Gatunos encartados, bajuladores certificados pelo Ernesto Bartolomeu e intriguistas tirocinados no Executivo estão a fazer tudo para encher os bolsos antes de ser eleito o novo Empregado do Povo na Cidade Alta. É roubar, vilanagem!

Mafioso disse ao povo da República do Muceque que os gatunos, intrujões e bajuladores estão a fazer das suas, porque o Empregado está constantemente a vadiar por aí, desaparecido. O mbaxi fica sem protecção física, porque ele leva os auxiliares de primeira e segunda na vadiagem. Deixa os de terceira categoria mas esses não são capazes de cuidar a casa. Isto não passa na cabeça de ninguém. Nem do dilaji.

As pessoas que conhecem a República da Sanzala desde o tempo do Manguxi e do Ngazuza sabem que o partido no poder é sério, ético, competente e tem como lema “O Mais Importante É Resolver os Problemas do Povo”. 

O Empregado despedido ou desaparecido sabe de cor e salteado as suas verdadeiras tarefas. E na lita não está fazer de caixeiro-viajante.

Fica difícil fazer a comparação com a época do Manguxi, do Ngazuza e do Empregado Despedido. Mentira comparada é com a bandidagem.

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