terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ana Gomes considera "imperativo" que Governo português transmita o seu protesto a Luanda




SK - LUSA

Lisboa, 06 set (Lusa) -- A eurodeputada Ana Gomes afirmou hoje que é "imperativo" que Lisboa expresse o seu protesto às autoridades de Angola pela agressão de que foram alvo jornalistas portugueses, este sábado, em Luanda, para além da repressão sobre cidadãos angolanos.

"Penso que é imperativo que o Governo português expresse às autoridades angolanas o seu protesto perante a agressão de que foram vítimas [durante a manifestação de sábado contra o chefe de Estado angolano] jornalistas portugueses da RTP, com destruição do equipamento, para além da repressão dos cidadãos angolanos", vincou a eurodeputada do PS.

Em declarações à Agência Lusa, Ana Gomes disse que o Governo português deve exigir também a "libertação de todos os manifestantes que ainda estão detidos".

A eurodeputada portuguesa manifestou-se "muito preocupada" com as "notícias que chegam de Luanda" e adiantou que vai transmitir essas preocupações à chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e ao Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

"Neste momento estou a escrever a Catherine Ashton e ao Presidente Barroso para pedir a intervenção da União Europeia no sentido de apurar o que efetivamente se passou e exigir a libertação de todos os detidos, e naturalmente fazer diligências junto das autoridades de Angola porque este comportamento das autoridades policiais é absolutamente incompatível com um Estado de direito democrático, onde as manifestações devem ser permitidas", afirmou.

Centenas de jovens pediram sábado em Luanda a destituição do Presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 32 anos em Angola, manifestação que terminou com a detenção de 24 pessoas, segundo a polícia, enquanto fontes próximas dos manifestantes falam em 50 detidos.

A organização dos Direitos Humanos Human Rights Watch afirma que pelo menos 30 detidos continuam incontactáveis e com paradeiro desconhecido. Dos jovens detidos, 21 foram hoje presentes a um juiz para julgamento sumário, que acabou por ser adiado para quinta-feira.

1 comentário:

Anónimo disse...

... Ó Aninhas ... CHAMA A NATO !!!

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