FP - LUSA
Bissau, 12 set (Lusa) -- A Guiné-Bissau passou de 9,2 milhões de euros disponibilizados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em 2005-2007, para 35,2 milhões no período 2011-2013.
"Se continuarmos assim" podemos passar para 50 ou 60 milhões no período 2013-15, disse hoje em Bissau o representante do BAD na Guiné-Bissau, Ansumane Mané, guineense e antigo ministro da Economia.
Ansumane Mané falava no intervalo de um encontro que juntou em Bissau responsáveis dos países africanos de língua oficial portuguesa (com exceção de Cabo Verde, que não se fez representar), precisamente para explicar os mecanismos de financiamento do BAD.
Reuniões idênticas já foram feitas entre o BAD e os países francófonos e anglófonos, sendo esta a primeira reunião feita pelo BAD em português, com a distribuição também pela primeira vez de manuais em português, traduzidos em impressos em Bissau. A iniciativa, que hoje começou e que termina quinta-feira, teve o apoio financeiro de Portugal.
O BAD tem financiamentos não concessionais para países como a África do Sul e outros do norte de África, e outros concessionais, com taxas de juro e amortizações mais suaves, que favorecem 44 países africanos, entre eles os de língua portuguesa.
A quantidade de dinheiro disponibilizada a cada país depende da estabilidade, do exercício da democracia e da boa governação, da saúde económica e financeira e da "performance" da carteira de projetos, explicou Ansumane Mané.
A Guiné-Bissau, explicou, tem vindo a melhorar todos os anos, pelo que também tem vindo a aumentar o montante de financiamento. "A performance continua a melhorar, estamos a sentir mais estabilidade, há grandes esforços no domínio da estabilização do país, e também em termos de finanças públicas há um esforço do país em fazer uma gestão sã", disse.
Também a taxa de execução dos projetos, adiantou, passou de quatro por cento entre 2004/2006 para os atuais 70-74 por cento.
Ainda segundo o responsável, no final do mês, estará em Bissau uma delegação do BAD, que irá finalizar o documento de estratégia, o qual define quais as áreas estratégicas em que o governo entende que o BAD deve intervir.
Com o título "Apoio Baseado em Resultados", a reunião que hoje começou junta mais de 20 quadros, que se vão familiarizar com o sistema de empréstimos do BAD (que existe há mais de 10 anos e que foi revisto no ano passado) baseado no desempenho de cada país.
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