Pedro Crisóstomo – Público, com foto Lusa
Com o Terreiro do Paço transformado no “Terreiro do Povo” contra as medidas de austeridade, Arménio Carlos reclamou hoje na sua primeira manifestação como secretário-geral da CGTP a presença de mais de 300 mil pessoas na Praça do Comércio, em Lisboa, naquela que diz ser “a maior manifestação dos últimos 30 anos”.
Num longo discurso aos “trabalhadores, desempregados, jovens e reformados”, Arménio Carlos acusou o Governo de se submeter aos interesses da troika, pessoalizando as críticas em Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, e não poupou Cavaco Silva pelo elogio do recente acordo de Concertação Social.
A hipótese de convocação de uma greve geral não foi excluída por Arménio Carlos, que lembrou que o Conselho Nacional da Intersindical está mandatado para decidir sobre “todas as formas de luta”.
“O país definha” e a resposta para Portugal mudar de rumo deve ser “o caminho do progresso e da justiça social”, defendeu, direccionando as críticas para o Governo e a troika Comissão Europeia, FMI e BCE, que considerou “os representantes da ingerência externa”.
“Se as medidas do Memorando [de Entendimento] são boas para o capital, são más, mesmo muito más” para os trabalhadores, afirmou perante os milhares que desfilaram de quatro pontos da capital até ao Terreiro do Paço, apelidado pelo novo líder da CGTP o “terreiro do povo”, por ser “expressão” da opinião pública portuguesa.
A cada crítica lançada ao Governo ou à troika, a multidão fazia ouvir-se. Primeiro, contra Passos Coelho. “Quando o primeiro-ministro diz que o programa da troika é para cumprir custe o que custar e o que importa….”, dizia Arménio Carlos, para logo ser interrompido por um grito em uníssono dos trabalhadores: “Gatuno, gatuno, gatuno”. Arménio Carlos retoma segundos mais tarde – e resume os argumentos: “Uma avaliação objectiva só pode concluir que é bom para os credores”.
A Vítor Gaspar criticou a conversa com o ministro das Finanças alemão gravada pela TVI na última quinta-feira em Bruxelas, a agradecer a disponibilidade para flexibilizar o programa de ajustamento. “Não aceitamos e sentimo-nos envergonhados com a atitude do ministro das Finanças”, disse, sublinhando que os alemães “podem ser maiores em termos do número (…) mas não tem mais dignidade” do que o povo português. “Há que assegurar a soberania”.
A hipótese de convocação de uma greve geral não foi excluída por Arménio Carlos, que lembrou que o Conselho Nacional da Intersindical está mandatado para decidir sobre “todas as formas de luta”.
“O país definha” e a resposta para Portugal mudar de rumo deve ser “o caminho do progresso e da justiça social”, defendeu, direccionando as críticas para o Governo e a troika Comissão Europeia, FMI e BCE, que considerou “os representantes da ingerência externa”.
“Se as medidas do Memorando [de Entendimento] são boas para o capital, são más, mesmo muito más” para os trabalhadores, afirmou perante os milhares que desfilaram de quatro pontos da capital até ao Terreiro do Paço, apelidado pelo novo líder da CGTP o “terreiro do povo”, por ser “expressão” da opinião pública portuguesa.
A cada crítica lançada ao Governo ou à troika, a multidão fazia ouvir-se. Primeiro, contra Passos Coelho. “Quando o primeiro-ministro diz que o programa da troika é para cumprir custe o que custar e o que importa….”, dizia Arménio Carlos, para logo ser interrompido por um grito em uníssono dos trabalhadores: “Gatuno, gatuno, gatuno”. Arménio Carlos retoma segundos mais tarde – e resume os argumentos: “Uma avaliação objectiva só pode concluir que é bom para os credores”.
A Vítor Gaspar criticou a conversa com o ministro das Finanças alemão gravada pela TVI na última quinta-feira em Bruxelas, a agradecer a disponibilidade para flexibilizar o programa de ajustamento. “Não aceitamos e sentimo-nos envergonhados com a atitude do ministro das Finanças”, disse, sublinhando que os alemães “podem ser maiores em termos do número (…) mas não tem mais dignidade” do que o povo português. “Há que assegurar a soberania”.
1 comentário:
No terreiro do Paço não cabem 100.000 pessoas, nem que retirem palanques e áreas de distribuição e venda de souvenirs da CGTP.
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