Ex-DGMN
António Borges, o quase ministro do governo de Passos Coelho, coordenador das privatizações, deu há 8 anos uma entrevista ao Expresso que o jornalista Paulo Gaião foi reler e em que notou a admiração do entrevistado pela ditadura (iluminada) e por Singapura:
"Não há regime melhor do que a ditadura iluminada. Se houvesse um príncipe perfeito conseguiríamos maravilhas do país. Veja-se o caso de Singapura. Ou Portugal no tempo do Rei D. João II. Mas isso é extremamente raro. O problema da ditadura é que em 90 por cento dos casos não é assim, e não há maneira de corrigir." (do mal ao menos)
(...) Há uma palavra mágica na entrevista de Borges que não passa despercebida: Singapura. Há um mês, na Feira do Livro, Passos Coelho disse que estava a ler um "livro muito interessante"[*] do ex- Presidente de Singapura S. R. Nathan "a propósito da transformação que Singapura fez ao longo de todos estes anos". Uma inspiração, certamente, borgiana. E perigosa. Singapura é um tigre asiático muito pouco democrata, um país com eleições duvidosas, sem imprensa livre e direitos laborais limitados. Quem se mete com Borges, pode sair chamuscado.
[*] Nota (irónica) do ex-DGEMN: Terá sido indicado por Pacheco Pereira ou pelo Prof. Marcelo?
Ligações: Quando António Borges achava que um secretário de Estado não conseguia viver com 3500 euros: Mr. S. R. Nathan (Former Presidents); An Unexpected Journey: Path to the Presidency [livro] The Singapore President SR Nathan goes around giving motivational speeches [Singapore Dissident].
Sem comentários:
Enviar um comentário