domingo, 4 de novembro de 2012

Sandy e frio obrigam ao realojamento de dezenas de milhares de nova-iorquinos

 

NM – MBA – Lusa, com foto
 
Nova Iorque, 04 nov (Lusa) – Dezenas de milhares de nova-iorquinos cujas casas foram atingidas pela tempestade Sandy terão de ser realojados, afirmou hoje o governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo.
 
Em conferência de imprensa, o governador afirmou que “irá ser completamente claro” que as casas se tornarão “inabitáveis” à medida que as temperaturas forem descendo. Andrew Cuomo diz que os residentes que se têm mostrado relutantes em deixar as suas casas terão mesmo de o fazer e precisarão de ser realojados.
 
O presidente da câmara da cidade de Nova Iorque, Michael Bloomberg, estima que entre “30 a 40.000 pessoas” tenham de ser realojadas.
 
Seis dias após a passagem da tempestade Sany, cerca de 730 mil pessoas continuam sem eletricidade no Estado de Nova Iorque, das quais 140 mil só na cidade de Nova Iorque. A situação é especialmente delicada devido à falta de combustível que assola a cidade, indispensável para o funcionamento dos geradores utilizados para aquecer as casas.
 
Andrew Cuomo indicou que já foram alcançados alguns progressos no problema da escassez de combustível mas reconhece que os problemas continuam.
 
“É preciso ter paciência”, afirmou o responsável, numa altura em que as longas filas se continuam a acumular em frente aos postos de abastecimento.
 
As autoridades já impuseram um racionamento, que impõe um limite máximo de 30 dólares de combustível por cada automobilista.
 
Michael Bloomberg, por sua vez, realçou o desafio que representa o realojamento de dezenas de milhares de pessoas, comparando a situação à passagem do furacão Katrina, que destruiu Nova Orleães em 2005, insistindo no entanto que no caso do Katrina muitas pessoas deixaram as suas casas já para não voltar.
 
O presidente da câmara lembrou ainda as eleições presidenciais que terão lugar esta terça-feira, garantindo que tudo fará para assegurar que o escrutínio decorre com normalidade, mas adianta já que “não vai ser fácil”.
 

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