António Veríssimo
Foi em 1910, no dia
5 de outubro que Portugal pôs corda aos sapatos da monarquia decadente e
ditatorial e implantou a República. Já lá vão 103 anos. Neste dia antes era
feriado mas o governo que Passos Coelho, Paulo Portas e Cavaco Silva, chefiam,
considerou deverem acabar com tal feriado e simbolismo histórico, comemorando
envergonhados e quase às escondidas o mais que centenário evento.
O ano passado, em
2012, último dia feriado do 5 de outubro, Cavaco simbolizou a importante
comemoração içando a bandeira de Portugal ao contrário. Sabe-se agora o
significado de tão estranho comportamento, é que Cavaco é um presidente ao
contrário e que por isso compete aos portugueses, por amor à Pátria e à
Bandeira, dispôr o simbolo nacional corretamente. Assim como dispôr aquele
arremedo de presidente corretamente. Ao contrário e fora.
Da República
Portuguesa diz a Wikipédia:
"A Implantação da
República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano
Português, iniciado no dia 2 e vitorioso na madrugada do dia 5 de outubro de 1910,
que destituiu a monarquia
constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos
interesses coloniais britânicos1 , os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os
progressistas
e os regeneradores),
a ditadura de João Franco , a aparente incapacidade de acompanhar a evolução
dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável
processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano,
souberam tirar o melhor proveito . Por contraponto, o partido republicano
apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o
prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso."
Reformulando para a
atualidade:
A subjugação do país aos interesses do mercado, da troika sua mandatária e do capital selvagem, os gastos dos políticos, a corrupção, o roubo impune, a ditadura encapotada de Cavaco e do atual seu governo, os conluios e nepotismos, têm vindo a contribuir para um inexorável processo de erosão do país, da justiça, das liberdades, direitos e garantias da República Portuguesa do qual os defensores da Democracia vão ter de tirar o melhor proveito, libertando-se da súcia de malfeitores que ao engano, com falsas promessas, se apossaram dos poderes, devolvendo ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do Progresso, da Justiça e da Democracia.
A subjugação do país aos interesses do mercado, da troika sua mandatária e do capital selvagem, os gastos dos políticos, a corrupção, o roubo impune, a ditadura encapotada de Cavaco e do atual seu governo, os conluios e nepotismos, têm vindo a contribuir para um inexorável processo de erosão do país, da justiça, das liberdades, direitos e garantias da República Portuguesa do qual os defensores da Democracia vão ter de tirar o melhor proveito, libertando-se da súcia de malfeitores que ao engano, com falsas promessas, se apossaram dos poderes, devolvendo ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do Progresso, da Justiça e da Democracia.
Para isso Portugal
tem de se libertar do jugo dos atuais políticos e dirigentes que desrespeitam a
Constituição da República e os portugueses, apesar de terem jurado cumpri-la e
fazê-la cumprir. Portugal tem de se libertar do presidente ao contrário e repôr
na posição correta a varanda em que foi proclamada a República em 5 de outubro
de 1910. Enquanto isso não acontecer a República continuará suspensa, assim
como a democracia. E Portugal continuará a afundar-se.
Viva a República! Fora
com os políticos e com o presidente ao contrário!
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