Tiago Mota Saraiva
Numa sociedade
comunista os salários são mais baixos. Os impostos estão continuamente a
aumentar, retirando aos trabalhadores o pouco rendimento que lhes sobra para
alimentar um Estado gordo, gigante em despesas. Ao mesmo tempo, o Estado impõe
normas e regras morais restritivas entrando na vida privada de cada um. No comunismo
é muito provável que não se possa fumar no automóvel ou ter mais de dois cães
ou quatro gatos num apartamento.
No Estado comunista
o cidadão perde a sua individualidade. Vive e trabalha para alimentar o Estado.
As famílias que não conseguem sobreviver com os seus rendimentos têm de
entregar os seus filhos ao Estado. Quem não se consegue alimentar fica
dependente das instituições que fornecem comida, fervorosas defensoras do
sistema e que zelam pelo bom comportamento dentro da sociedade na condição de
lhe ser cortado todo e qualquer subvenção de subsistência. Os mais velhos,
quando incapazes de produzir e não pertencendo à oligarquia, são considerados
excedentários da sociedade e colocados em locais dos quais não voltam a sair
com vida.
No comunismo o
trabalhador que tenta fazer algumas poupanças, guardando-as no banco ou em
casa, está sempre sujeito a que o Estado tome a iniciativa de as resgatar para
cobrir as suas decisões ou de ser considerado rico, e portanto inelegível para
qualquer apoio - as oligarquias que defendem o sistema beneficiam de um
estatuto especial.
Na verdade, parece
que o capitalismo se entusiasmou com o que papagueava do comunismo e resolveu
concretizá-lo. Agora que algumas organizações de esquerda em que participam
comunistas se começam a constituir como uma séria alternativa eleitoral ao
sistema em que vivemos, importa inventar mentiras novas.
Escreve ao sábado
Leia mais em jornal
i
Sem comentários:
Enviar um comentário