A polícia da
Indonésia informou hoje que os seis suspeitos de terrorismo mortos na véspera
de Ano Novo, perto de Jacarta, tinham planeado uma série de ataques contra a
embaixada dos EUA, uma igreja e templos budistas.
Após uma intensa
troca de tiros, que se prolongou por nove horas, com os seis homens numa casa,
nos arredores da capital, a polícia descobriu um documento, escrito à mão,
revelando os alvos do grupo, disse o porta-voz da polícia nacional, Boy Rafli
Amar.
Peguem nas vossas
armas 'sagrados guerreiros' e preparem-se para atacar a embaixada dos Estados
Unidos", dizia o documento lido pelo responsável em conferência de
imprensa. Ataques suicidas faziam também parte dos planos, aditou.
No documento
estavam listados entre os alvos "hotéis que 'dão guarida' à CIA",
polícias antiterrorismo, sendo que, de acordo com o chefe da Polícia Nacional,
Sutarman, os planos contemplavam um ataque a uma igreja e a templos budistas
para vingar a violência cometida contra os muçulmanos na Birmânia, de maioria
budista.
Segundo a polícia,
o mesmo grupo terá estado por detrás de um atentado bombista contra um templo
budista, em agosto do ano passado, que deixou um ferido.
A polícia ligou os
homens a uma célula anteriormente liderada por Abu Roban, morto numa operação
no ano passado. Sutarman afirmou que a célula em causa é suspeita de ter
vínculos à organização terrorista Al-Qaida.
"Um dos
homens, de acordo com documentos [apreendidos], planeava ainda ir para a Síria
pela jihad ("guerra santa"), onde pretendia levar a cabo um ataque
bombista suicida", acrescentou Sutarman, citado pela AFP.
A Indonésia tem
sido atingida por inúmeros ataques terroristas na última década, incluindo os
atentados bombistas de 2002 contra a ilha turística de Bali, que causaram 202
mortos, a maioria dos quais estrangeiros.
Lusa
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