sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ucrânia: ONU pede investigação a mortes, raptos e tortura de manifestantes

 


O gabinete de direitos humanos da ONU pediu hoje à Ucrânia uma investigação "rápida, minuciosa e independente" das mortes, raptos e torturas de manifestantes.
 
"Estamos chocados com as mortes relatadas nos últimos dias em Kiev, as quais devem ser pronta, completa e independentemente investigadas", disse à imprensa Rupert Coville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
 
"Também pedimos que sejam investigados os relatos de raptos e de tortura", acrescentou.
 
A televisão ucraniana noticiou hoje o caso de um ativista da oposição Dmytro Bulatov, desaparecido há uma semana e encontrado hoje gravemente ferido, que terá sido torturado pelos seus captores.
 
Bulatov, 35 anos, relatou que os seus captores o espancaram e torturaram, tendo-lhe cortado uma orelha e pregado pregos nas mãos, acabando por deixá-lo numa floresta.
 
"Repetimos o nosso apelo ao Governo e aos manifestantes para que mostrem contenção e criem condições para o diálogo e a reconciliação", disse o porta-voz.
 
Rupert Coliville referiu-se por outro lado a progressos na situação na Ucrânia, evocando os passos dados no sentido de um diálogo entre Governo e oposição e à abolição das leis aprovadas duas semanas antes e que "restringiam o exercício dos direitos à liberdade de reunião, associação e expressão".
 
Antiga república soviética, a Ucrânia é há dois meses palco de manifestações maciças, algumas marcadas por violentos confrontos com a polícia, convocadas após a decisão do Presidente, Viktor Ianukovitch, de suspender os preparativos para assinar um acordo com a União Europeia e estreitar relações com a Rússia.
 
Lusa, em Notícias ao Minuto
 

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