Director Provincial
Adjunto em Exercício da Investigação Criminal em Luanda Noé António disse
desconhecer qualquer operação ligada aos seus efectivos.
Coque Mukuta - Voz da América
O activista Nito
Alves denunciou ter sido brutalmente espancado na passada sexta-feira, 21, por
indivíduos ligados à Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC)
no momento em que quatro jovens foram levados para um lugar não
identificado.
Uma viatura de marca Land Cruiser, com a matrícula LD-84-96-BY, de cor branca,
foi utilizada por oito indivíduos supostamente ligados à Direcção
Provincial da Investigação Criminal para raptar quatro jovens.
Na ocasião, os raptores espancaram o activista Manuel Chivonde Baptista Nito Alves que estava no
local, como o próprio conta.
“Eu e o meu colega Paulo encontramos uma viatura em que haviam oito senhores na
qual um deles estava identificado com um passe da DPIC a bater os quatro jovens
com ferros e porretes, e quatro deles deslocaram-se até junto de mim e um
abraçou-me e outro deu-me uma queda e bofetadas”, contou Alves.
O jovem disse ainda que conseguiu ser solto quando, em viva voz, citou o nome
do chefe da investigação municipal de Viana: “Eu lhes disse que conhecia o
chefe deles e que era o Lito Chuvas, eles disseram olha esse conhece e pode ir
nos denunciar”.
A VOA falou com o Director Provincial Adjunto em Exercício da Investigação
Criminal em Luanda Noé António que, sem gravar entrevista, disse desconhecer qualquer
operação ligada aos seus efectivos na zona em referência.
Entretanto, questiona-se a existência de elementos estranhos à polícia a
fazerem buscas e se a polícia eventualmente controla os seus efectivos.
Manuel Nito Alves tinha sido detido a 12 de Setembro de 2013, acusado de
"ultraje ao Presidente" por ter encomendado a impressão de camisolas
em que apelidava José Eduardo dos Santos de "ditador
nojento", para serem utilizadas numa manifestação anti-governamental.
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