domingo, 2 de março de 2014

Liberdade de imprensa é "direito fundamental" de Macau, diz novo administrador da TDM




Macau, China, 01 mar (Lusa) - O presidente da Comissão Executiva da Teledifusão de Macau (TDM), Manuel Pires, garantiu hoje que a liberdade de imprensa "é um direito fundamental" da cidade e, por isso, os profissionais da empresa apenas terão de o utilizar.

"É um direito consagrado na Lei Básica, o chefe do Executivo tem reiterado que o Governo o garante e, por isso, a administração da TDM cumpre as suas funções de gestão e os jornalistas fazem o seu papel no estrito cumprimento das leis da cidade", disse Manuel Pires.

O novo presidente da Comissão Executiva, que tomou posse na noite de sexta-feira, respondia assim a acusações anónimas de alegados jornalistas da empresa que apontam para a falta de liberdade de imprensa na estação que tem seis canais de televisão e dois de rádio.

Para Manuel Pires, não há qualquer "equívoco" nem "problema" porque cada um dos patamares de gestão da TDM cumpre o seu papel.

"À administração cumpre gerir a casa nos melhores interesses dos seus acionistas, no caso o Governo, e aos jornalistas cumpre fazer o seu trabalho com isenção, rigor e segundo as normas da profissão com total liberdade e sem interferências superiores", afirmou.

Manuel Pires, que deixou a presidência do Conselho de Administração e a direção dos Serviços de Turismo para se dedicar a tempo inteiro à TDM garantiu também que vai falar com todas as direções da empresa, começando pela informação, para se inteirar de todas as questões e objetivos, mas recusa interferências no noticiário.

"Isso é matéria dos jornalistas, não da administração. Cabe aos profissionais que trabalham na empresa fazer notícias e a única exigência feita é que sejam cumpridos todos os critérios do jornalismo, nomeadamente o rigor e a imparcialidade", disse.

Instado a comentar os acordos de cooperação que têm sido assinados pela empresa, Manuel Pires recordou que falta apenas estabelecer parcerias com Angola, mas prometeu trabalhar nesse sentido e traduzir na prática os objetivos escritos.

"Vamos continuar e vamos trabalhar para, rapidamente, traduzir na prática as vontades expressas nos protocolos e aplicar os seus objetivos porque manifestar por escrito algo que depois não se cumpre não vale a pena e temos de estabelecer os mecanismos que nos comprometemos fazer", assinalou.

No entanto, Manuel Pires vincou que a administração da TDM não pode ser apenas centrada numa pessoa.

"Somos um órgão colegial, há mais administradores e elementos na Comissão Executiva e todos temos de aplicar e aceitar a regra que, tratando-se de um órgão colegial, há que aceitar as vontades da maioria e, por isso, conto com a participação de todos para, diariamente, fazer mais e melhor para a população de Macau e para o desenvolvimento da TDM", concluiu.

JCS // SO - Lusa

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