Um militar do
exército moçambicano morreu durante uma operação de busca ao líder do principal
partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, no centro do país, disse à
Lusa um dirigente daquele partido.
Em declarações à
Lusa, na quinta-feira, Sofrimento Mataquenha disse ainda que efetivos da
polícia e do exército moçambicano "confrontaram-se intensamente"
durante essa busca.
De acordo com o seu
relato, um grupo de militares armados, e à paisana, invadiu e
"vandalizou" a sua casa em Guro, província de Manica, centro de
Moçambique, onde suspeitava estar refugiado Afonso Dhlakama, em lugar
desconhecido há seis meses.
Mas, ignorando que
se aqueles eram efetivos do exército, a população denunciou a operação à
polícia, que cercou o local e abriu fogo.
"A casa foi
vandalizada e morreu um militar no quintal, durante o confronto", disse à
Lusa Sofrimento Matequenha, delegado político provincial da Renamo em Manica,
que se manifestou preocupado com a situação.
O exército, segundo
disseram à Lusa fontes militares, deslocou-se de Gorongosa (Sofala) para Guro,
usando uma picada que passa por Macossa (Manica), para apurar a informação da
suposta presença do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, mas a missão não foi dada
a conhecer à Polícia, que foi surpreendida com a presença de homens armados na
região.
Em declarações na
quinta-feira à Lusa, Bartolomeu Amone, chefe do departamento de Relações Públicas
no Comando da Polícia de Manica, disse ignorar o episódio, que ocorreu na
semana passada.
"Não tenho
conhecimento", insistiu Bartolomeu Amone, quando questionado sobre o
confronto entre a corporação e o exército no bairro densamente habitado na vila
de Guro, norte de Manica.
AYAC // VM – Lusa –
foto António Silva
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