sexta-feira, 30 de maio de 2014

PM timorense considera exercício Felino da CPLP demasiado dispendioso




Díli, 28 mai (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, considerou o exercício militar Felino demasiado dispendioso e sugeriu uma reflexão mais profunda no setor da Defesa e Segurança na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Na minha opinião, programas demasiado dispendiosos, como é o caso do Exercício Felino, consomem demasiados recursos, sem que seja evidente um impacto para os nossos povos", afirmou Xanana Gusmão, num discurso proferido na V reunião de ministros da Defesa da CPLP, que se realizou na segunda-feira em Portugal, e enviado hoje à agência Lusa.

O exercício Felino, que se realiza desde 2000 em regime de rotatividade pelos diferentes países da CPLP, tem como objetivo desenvolver a cooperação técnico-militar.

No discurso, o primeiro-ministro timorense defendeu também uma "reflexão mais profunda acerca das prioridades" sobre as quais a CPLP se deve debruçar nos setores da Defesa e Segurança.

"Já que os países membros da CPLP não podem desobrigar-se dos possíveis contributos que cada um dos nossos países tem para com as organizações ou blocos regionais a que nós pertencemos separadamente, teremos de adotar um novo mecanismo de reforço das nossas cooperações nos setores da Defesa e da Segurança, a fim de sermos promotores dos Direitos Humanos, promotores da estabilidade social e servidores do povo em caso de grandes emergências", salientou o também ministro da Defesa e Segurança timorense.

O primeiro-ministro timorense esteve em Portugal entre domingo e terça-feira para participar na V reunião dos ministros da Defesa da CPLP e realizar uma visita de trabalho.

De Lisboa, Xanana Gusmão viajou hoje para o Togo, onde vai participar na terceira cimeira ministerial do G7+, organização presidida por Timor-Leste.

O G7+ é uma organização criada em abril de 2011 que reúne 18 Estados-membros, entre os quais Timor-Leste e Guiné-Bissau, e que defende reformas no modo como a comunidade internacional apoia os países frágeis ou em situação de pós-conflito.

MSE // VM - Lusa

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