Banguecoque,
13 jun (Lusa) -- A junta militar no poder na Tailândia anunciou hoje que vai
formar um governo interino até setembro para supervisionar as reformas
políticas a serem seguidas por eleições dentro de um período de aproximadamente
um ano.
O
anúncio foi feito pelo chefe da junta militar, o general Prayuth Chan-ocha, que
liderou o golpe de 22 de maio, que não indicou, porém, se o governo interino
vai ser composto por civis ou militares.
"Vai
ser constituído um novo governo em agosto ou início de setembro", disse,
numa alocução sobre o orçamento para 2015.
Prayuth
Chan-ocha descartou a possibilidade de se realizarem eleições pelo menos dentro
de um ano, a fim de dar tempo para a concretização de reformas políticas, as
quais diz serem necessárias para colocar um ponto final em quase uma década de
turbulência política que degenerou em diversos surtos de violência nas ruas.
"Por
favor, sejam pacientes comigo", afirmou, em declarações citadas pela
agência AFP.
A
junta militar no poder na Tailândia tem estado sob críticas, designadamente da
comunidade internacional e de organizações de defesa dos direitos humanos, por
estar a restringir direitos civis, ao proibir protestos, censurar os meios de
comunicação social e por ter detido temporariamente centenas de pessoas que tem
vindo a convocar, entre ativistas, intelectuais e membros de grupos da
oposição.
DM
// SO - Lusa
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