O
Governo de Cabo Verde quer universalizar o acesso à água e saneamento e atingir
a sustentabilidade ambiental, mas entende que isso só se consegue com a
consolidação de comportamentos, atitudes e práticas mais amigas do ambiente. O
desafio foi lançado esta segunda-feira, 30, por Antero Veiga ministro do
Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, na abertura da segunda reunião
do comité de pilotagem do projecto de gestão integral dos recursos hídricos na
zona costeira no Oceano Atlântico, Índico e Pacífico, que acontece na cidade da
Praia.
Segundo
Antero Veiga, Cabo Verde tem conhecido “ganhos assinaláveis” nos domínios da
água e saneamento, pelo que é preciso caminhar para a sustentabilidade
ambiental, mas com acções diárias, rumo à naturalização e perenidade.
"A
população com água potável em
Cabo Verde passou de 42%, em 1990, para 91%, em 2012,
enquanto a população com acesso a um sistema de seguro de evacuação de águas
residuais passou de 24% para 73,4% no mesmo período", indicou Antero
Veiga, para quem o objectivo é universalizar o acesso à água e saneamento no
país.
Veiga
diz ainda que, estes indicadores demonstram ganhos qualitativos e
quantitativos. Mas a ambição de universalizar o acesso à água e saneamento
obriga o Governo a redobrar esforços, e a serrem persistentes e consequentes,
de forma a atingir, tão cedo quanto possível, a sustentabilidade ambiental,
para o bem das futuras gerações.
Segundo
o ministro, as políticas e reformas em curso em Cabo Verde se ajustam
às estratégias do projecto de gestão integral dos recursos hídricos, que também
constitui uma mais-valia no reforço das acções em matéria de capacitação e
sustentabilidade ambiental nos países insulares do Atlântico, Pacífico e
Índico.
A
reunião do comité de pilotagem, que terá a duração de dois dias, serve para os
representantes de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Comores, Maldivas, Maurícias
e Seychelles analisarem os progressos realizados nos diferentes países no que
diz respeito à gestão dos recursos hídricos, discutir o funcionamento do
projecto a nível regional e nacional e analisar os planos de trabalhos e
orçamentos anuais.
Pretende-se
ainda com o encontro apreciar as lições aprendidas de planeamento
participativo, estabelecer e reforçar os contactos entre todos pequenos Estados
insulares e procurar estratégias para o uso racional da água e adaptação às
mudanças climáticas e partilhar os ganhos do projecto.
Com
um financiamento de 600 mil dólares (cerca de 48 mil contos), o Fundo Mundial
para o Ambiente fez de Cabo Verde uma "experiência piloto" que está a
ser executada no concelho do Tarrafal na ilha de Santiago. Mas a missão é levar
as boas práticas na gestão das águas a todas as ilhas e municípios do país.
A
Semana (cv), com Lusa
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(cv)
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