quinta-feira, 3 de julho de 2014

CABO VERDE QUER UNIVERSALIZAR ACESSO À ÁGUA E SANEAMENTO




O Governo de Cabo Verde quer universalizar o acesso à água e saneamento e atingir a sustentabilidade ambiental, mas entende que isso só se consegue com a consolidação de comportamentos, atitudes e práticas mais amigas do ambiente. O desafio foi lançado esta segunda-feira, 30, por Antero Veiga ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, na abertura da segunda reunião do comité de pilotagem do projecto de gestão integral dos recursos hídricos na zona costeira no Oceano Atlântico, Índico e Pacífico, que acontece na cidade da Praia.

Segundo Antero Veiga, Cabo Verde tem conhecido “ganhos assinaláveis” nos domínios da água e saneamento, pelo que é preciso caminhar para a sustentabilidade ambiental, mas com acções diárias, rumo à naturalização e perenidade.

"A população com água potável em Cabo Verde passou de 42%, em 1990, para 91%, em 2012, enquanto a população com acesso a um sistema de seguro de evacuação de águas residuais passou de 24% para 73,4% no mesmo período", indicou Antero Veiga, para quem o objectivo é universalizar o acesso à água e saneamento no país.

Veiga diz ainda que, estes indicadores demonstram ganhos qualitativos e quantitativos. Mas a ambição de universalizar o acesso à água e saneamento obriga o Governo a redobrar esforços, e a serrem persistentes e consequentes, de forma a atingir, tão cedo quanto possível, a sustentabilidade ambiental, para o bem das futuras gerações.

Segundo o ministro, as políticas e reformas em curso em Cabo Verde se ajustam às estratégias do projecto de gestão integral dos recursos hídricos, que também constitui uma mais-valia no reforço das acções em matéria de capacitação e sustentabilidade ambiental nos países insulares do Atlântico, Pacífico e Índico.

A reunião do comité de pilotagem, que terá a duração de dois dias, serve para os representantes de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Comores, Maldivas, Maurícias e Seychelles analisarem os progressos realizados nos diferentes países no que diz respeito à gestão dos recursos hídricos, discutir o funcionamento do projecto a nível regional e nacional e analisar os planos de trabalhos e orçamentos anuais.

Pretende-se ainda com o encontro apreciar as lições aprendidas de planeamento participativo, estabelecer e reforçar os contactos entre todos pequenos Estados insulares e procurar estratégias para o uso racional da água e adaptação às mudanças climáticas e partilhar os ganhos do projecto.

Com um financiamento de 600 mil dólares (cerca de 48 mil contos), o Fundo Mundial para o Ambiente fez de Cabo Verde uma "experiência piloto" que está a ser executada no concelho do Tarrafal na ilha de Santiago. Mas a missão é levar as boas práticas na gestão das águas a todas as ilhas e municípios do país.

A Semana (cv), com Lusa

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