O
economista e ex-ministro da Economia Daniel Bessa afirmou no Porto que "o
responsável número um da nossa desgraça é um banqueiro central", cujo
nome, porém, omitiu.
"O
engenheiro Sócrates é muito responsabilizado, e não há ninguém que o
responsabilize mais do que eu, mas eu vejo-o como aquele egípcio que tomou os
comandos do Boeing que se precipitou sobre as Torres Gémeas", continuou
Daniel Bessa.
O
economista, que fez parte de um governo do primeiro-ministro socialista António
Guterres, falava no jantar-debate promovido pela Associação Portuguesa de
Gestão e Engenharia Industrial (APGEI), que teve como orador convidado o
governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
Daniel
Bessa disse que "já o Boeing ia a caminho das Torres Gémeas e ele (José
Sócrates), no cumprimento de um guião qualquer, sentou-se ao comando, acelerou
quanto pôde e, connosco lá dentro, enfiou-se contra as Torres
Gémeas".
"É
um destino, não tem nada de mal, cada um cumpre a sua função na vida e portanto
ficará para a história por isso. Mas essa não é a responsabilidade maior. A
responsabilidade maior é do mentor, não é do executante, e o mentor esteva no
Banco de Portugal", prosseguiu Daniel Bessa, fazendo rir a
assistência.
Segundo
concluiu o economista, o mentor "disse que a partir da entrada no Euro,
uma pequena economia aberta e financeiramente integrada, no regime de moeda
única, não tem restrições financeiras. Endividar até sempre".
Bessa
referiu-se antes a Carlos Costa como sendo "um banqueiro central atípico,
que pensa nas questões da economia, do desenvolvimento e do futuro",
referindo que o governador do Banco de Portugal "deu a entender" na
sua conferência que "isto com consumo não é sustentável".
"O
caminho, é exportar, exportar, exportar", frisou
Lusa,
em Diário de Notícias
Leia
mais em Diário de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário