Macau,
China, 06 ago (Lusa) -- As trocas comerciais entre a China e os países de
língua portuguesa atingiram 64,68 mil milhões de dólares (48,4 mil milhões de
euros) no primeiro semestre deste ano, um aumento de 6,83% face ao período
homólogo do ano passado.
De
acordo com estatísticas dos Serviços de Alfândega da China, divulgadas hoje
pelo Secretariado Permanente do Fórum Macau, a segunda maior economia mundial
comprou aos oito países lusófonos bens avaliados em 44,22 mil milhões de
dólares (33 mil milhões de euros) -- mais 9,10% -- e vendeu produtos no valor
de 20,46 mil milhões de dólares (15,3 mil milhões de euros), reflexo de uma
subida de 2,25% em termos anuais.
O
Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume
global das trocas comerciais a ascender a 42,41 mil milhões de dólares (31,72
mil milhões de euros) até junho -- mais 6,05% comparativamente aos primeiros
seis meses de 2013.
As
exportações da China para o Brasil cifraram-se em 16,21 mil milhões de dólares
(12,12 mil milhões de euros), menos 1,06% do que no período homólogo do ano
passado, enquanto as importações chinesas totalizaram, entre janeiro e junho,
26,19 mil milhões de dólares (19,59 mil milhões de euros), valor que traduz um
aumento anual de 10,98%.
Com
Angola, o segundo parceiro chinês no universo lusófono, as trocas comerciais
cresceram 6,23% para 19,04 mil milhões de dólares (14,24 mil milhões de euros).
Pequim
vendeu a Luanda produtos avaliados em 2,08 mil milhões de dólares (1,55 mil
milhões de euros) - mais 12,97% - e comprou mercadorias no valor de 16,95 mil
milhões de dólares (12,67 mil milhões de euros) - mais 5,45% - face aos
primeiros seis meses do ano passado.
Com
Portugal, terceiro parceiro da China na lusofonia, o comércio bilateral cresceu
23,08% para 2,28 mil milhões de dólares (1,70 mil milhões de euros) -- graças à
forte subida das exportações chinesas (23,88%) que atingiram 1,47 mil milhões
de dólares (1,09 milhões de euros), numa balança comercial favorável a Pequim,
já que Lisboa comprou bens avaliados em 805 milhões de dólares (602 milhões de
euros), mais 21,65% em termos anuais homólogos.
Já
Moçambique, em quarto lugar em termos de volume das trocas comerciais entre a
China e os Países de Língua Portuguesa, registou um comércio bilateral de 848
milhões de dólares (634 milhões de euros), com as exportações da China a
valerem 620 milhões de dólares (463 milhões de euros) e as importações a
representarem 228 milhões de dólares (170,5 milhões de euros) no primeiro
semestre.
Ao
nível do comércio bilateral com a China, verificaram-se aumentos anuais com
todos os países de expressão portuguesa entre janeiro e junho, destacando-se o
crescimento percentual das trocas comerciais com a Guiné-Bissau (213,67%) e com
Timor-Leste (43,48%), muito embora sem grande expressão nas contas do comércio
chinês.
Só
no mês de junho, as trocas comerciais bilaterais entre a China e os países
lusófonos totalizaram 11,33 mil milhões de dólares (8,47 mil milhões de euros),
traduzindo um decréscimo de 5,53% face ao mês anterior.
A
queda mensal ficou a dever-se ao recuo das importações da China aos países de
Língua portuguesa, que caíram 6% para 7,86 mil milhões de dólares (5,87 mil
milhões de euros), e à contração das exportações, que totalizaram 3,46 mil
milhões de dólares (2,58 mil milhões de euros), correspondendo a uma quebra de
4,44% comparativamente a maio.
Os
dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter ligações
com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.
A
China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o
reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa
em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três
em três anos.
FV
(DM) // PJA - Lusa
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