Mário Motta, Lisboa
Cavaco
vem citar no site da presidência o que disse sobre o BES durante a sua visita a
Seul, refere o jornal i. Diz que é por uma questão de “transparência”. Realmente nas declarações que divulga no site Cavaco não explicita confiança no BES diretamente mas sim no Banco de Portugal,
que, não sendo caso para tal, elogia. Portanto, Cavaco Transparente Silva veio pôr os pontos nos is e
demonstrar que não enganou nenhum dos investidores BES, nem os portugueses na
generalidade. Foram eles próprios que se baralharam, de tão baralhados que andam por via do regime e da atual situação de penúria. Provavelmente também porque Cavaco se confunde com alguns banqueiros...
Parece que nesta questão Cavaco está correto, sobrou uma manipulação da informação que
até aqui no PG teve eco, o que não significa que a “transparência” de Cavaco em
outras situações e questões seja assim tão transparente como quer sempre que acreditemos. Até porque ele é o
criador dos tabus, dos silêncios, das fugas para a frente, das "tiradas" idiotas, das gafes... Um manhoso da política
que se conserva há anos nos poderes efetivos ou como permanente eminência parda.
O
seu desempenho nefasto na política de Portugal tem deixado a marca salazarista.
E esse foi o regime derrubado em 25 de Abril de 1974. Cuja esteira é perseguida
por Cavaco e governo, maioria na AR e outros nas suas ilhargas. Daí a pobreza
extrema, a fome, o desemprego, as mortes, as injustiças que se vivem em
Portugal. (MM)
Cavaco
lembra o que disse sobre o BES por "uma questão de transparência"
Luís
Claro – jornal i
A
iniciativa de Belém surge no dia a seguir a Miguel Reis ter afirmado ao i que
"houve clientes que foram convencidos a investir no BES por causa das
declarações de Cavaco"
Cavaco
Silva sentiu necessidade de publicar no site da presidência da República as declarações
que fez, há mais de um mês, sobre a crise no BES. O Presidente esclarece que o
faz "por uma razão de transparência" e transcreve, na íntegra, a
resposta dada aos jornalistas, no dia 21 de Julho de 2014, em Seul.
A
iniciativa de Belém surge um dia depois de o advogado dos pequenos accionistas,
Miguel Reis, ter afirmado, numa entrevista ao i no início desta
semana, que "houve clientes que foram convencidos, de forma fraudulenta e
enganosa, a transformar os depósitos em acções, com base nas sucessivas
declarações do Presidente da República e do governador do Banco de
Portugal".
Cavaco
não respondeu directamente, mas fez questão de lembrar as suas declarações
sobre o caso BES. Em Julho, o chefe de Estado disse que "o Banco de
Portugal tem sido peremptório, categórico, a afirmar que os portugueses podem
confiar no Banco Espírito Santo, dado que as folgas de capital são mais do que
suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira,
mesmo na situação mais adversa".
Nesta
declaração, o Presidente apoiou-se na informação que lhe foi transmitida pelo
Banco de Portugal e garantiu que "haverá sempre alguns efeitos" para
a economia, mas "não vêm do lado do Banco, vêm da área não
financeira".
Na
declaração feita sobre a situação do BES, antes de ter sido anunciada a
intervenção do Estado, o Presidente elogiava o Banco de Portugal por
"actuar muito bem para preservar a estabilidade e a solidez do nosso
sistema bancário". E garantia ainda que, de acordo com informação que
tinha do banco central, a actuação do governador Carlos Costa tem "sido
muito, muito correcta".
Não
é usual o Presidente da República recorrer a este tipo de iniciativas, mas em
Belém existe a convicção de que a declaração feita na Coreia do Sul estava a
ser utilizada parcialmente.
A
nota no site da presidência surge depois de Miguel Reis ter feito referência às
afirmações do Presidente. Em entrevista ao i, o advogado critica ainda a
actuação do Banco de Portugal, porque "garantiu que o Banco Espírito Santo
era uma entidade segura, utilizando nuns momentos a expressão liquidez e
noutros, solidez". E acrescenta: "E fê-lo com tanta veemência que foi
reproduzido pelo próprio Presidente da República em Seul. Ora é muito
estranho que a entidade a quem incube a fiscalização do sistema financeiro não
soubesse o tipo de problemas que foram revelados a 3 de Agosto, da sua gravidade".
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