quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Fundação timorense alerta para crime organizado em Timor-Leste




Díli, 08 out (Lusa) - A Fundação Mahein - Monitorização, Pesquisa e Advocacia do Setor da Segurança em Timor-Leste alertou hoje para a eventual presença de redes de crime organizado no país e apela às autoridades para tomarem medidas concretas de fiscalização e prevenção.

"É da opinião da Fundação Mahein que Timor-Leste se poderá tornar num importante polo de crime organizado da região, a menos que as forças de segurança reconheçam as ameaças representadas pelo crime organizado e tomem medidas", refere a organização timorense, em comunicado divulgado à imprensa.

No documento, a organização relembra que no passado já alertou que a "principal fraqueza da situação de segurança em Timor-Leste é a fragilidade das forças de segurança e a falta de equipamentos e recursos para detetar e controlar" as fronteiras marítimas e terrestres.

O novo alerta da organização timorense surge depois de as forças de segurança timorenses terem, durante o mês de setembro, detido um grupo, que incluía cidadãos timorenses, por distribuição de drogas no país, provenientes de Singapura, e um outro, compostos por nacionais timorenses e estrangeiros, por falsificação de documentos.

Em setembro, a organização timorense alertou também para a presença de dinheiro falso no mercado, que constitui "um indicador da presença de crime organizado em Timor-Leste".

No documento, a organização recomenda às autoridades de segurança do país para partilharem informações com os serviços de inteligência e com os países vizinhos para uma "abordagem integrada de luta contra grupos terroristas e criminosos ao nível regional".

A Fundação Mahein pede também às autoridades para melhorarem os planos de patrulhamento das fronteiras e a realização de "inspeções diretas aos empresários internacionais que desenvolvam atividades de negócios em Timor-Leste, bem como a cidadãos estrangeiros", que trabalhem no país.

A organização pede igualmente às autoridades para fazerem uma "fiscalização rigorosa às atividades importação e exportação no aeroporto, porto e postos de fronteiras".

MSE // PJA - Lusa

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