Díli,
08 out (Lusa) - A Fundação Mahein - Monitorização, Pesquisa e Advocacia do
Setor da Segurança em Timor-Leste alertou hoje para a eventual presença de
redes de crime organizado no país e apela às autoridades para tomarem medidas
concretas de fiscalização e prevenção.
"É
da opinião da Fundação Mahein que Timor-Leste se poderá tornar num importante
polo de crime organizado da região, a menos que as forças de segurança
reconheçam as ameaças representadas pelo crime organizado e tomem
medidas", refere a organização timorense, em comunicado divulgado à
imprensa.
No
documento, a organização relembra que no passado já alertou que a
"principal fraqueza da situação de segurança em Timor-Leste é a
fragilidade das forças de segurança e a falta de equipamentos e recursos para
detetar e controlar" as fronteiras marítimas e terrestres.
O
novo alerta da organização timorense surge depois de as forças de segurança
timorenses terem, durante o mês de setembro, detido um grupo, que incluía
cidadãos timorenses, por distribuição de drogas no país, provenientes de Singapura,
e um outro, compostos por nacionais timorenses e estrangeiros, por falsificação
de documentos.
Em
setembro, a organização timorense alertou também para a presença de dinheiro
falso no mercado, que constitui "um indicador da presença de crime
organizado em Timor-Leste".
No
documento, a organização recomenda às autoridades de segurança do país para
partilharem informações com os serviços de inteligência e com os países
vizinhos para uma "abordagem integrada de luta contra grupos terroristas e
criminosos ao nível regional".
A
Fundação Mahein pede também às autoridades para melhorarem os planos de
patrulhamento das fronteiras e a realização de "inspeções diretas aos
empresários internacionais que desenvolvam atividades de negócios em
Timor-Leste, bem como a cidadãos estrangeiros", que trabalhem no país.
A
organização pede igualmente às autoridades para fazerem uma "fiscalização
rigorosa às atividades importação e exportação no aeroporto, porto e postos de
fronteiras".
MSE
// PJA - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário