quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Hong Kong eleva medidas de prevenção na fronteira devido à ameaça do Ébola




Hong Kong, China, 30 out (Lusa) -- Hong Kong adotou o nível mais elevado de medidas de prevenção na fronteira para fazer face à ameaça do vírus Ébola, disse o secretário para a Saúde, Ko Wing-man, citado pelo jornal South China Morning Post.

Ko Wing-man disse, no entanto, não haver necessidade de impedir cidadãos procedentes de países infetados de entrarem em Hong Kong, uma vez que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não o considera necessário.

"Aumentámos as medidas de prevenção na fronteira para o nível mais elevado possível", disse Ko Wing-man na quinta-feira, à margem da 6.ª Conferência Global da Alliance for Healthy Cities, em Hong Kong.

O secretário para a Saúde explicou que as autoridades de Hong Kong aumentaram a monitorização em diferentes áreas, além do controlo nas fronteiras, e que também emitiram orientações para o pessoal médico.

Desde segunda-feira da semana passada, os passageiros oriundos de países atingidos pelo Ébola, ou que visitaram áreas afetadas nos últimos 21 dias, passaram a ter de preencher questionários à chegada ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, afirmou o secretário para a Saúde.

Shin Young-soo, diretor regional da OMS, disse estar confiante de que Hong Kong possa conter efetivamente o vírus.

As declarações do secretário para a Saúde de Hong Kong foram proferidas dias depois de o professor belga Peter Piot, um dos cientistas que descobriu o Ébola em 1976, ter advertido que as medidas de vigilância no aeroporto em Hong Kong eram ineficazes.

Um estudo publicado na semana passada pela revista médica britânica The Lancet indicou que o risco de um doente infetado com Ébola viajar para Hong Kong era mínimo, mas que um eventual surto no interior da China iria representar uma ameaça grave.

Hong Kong registou duas suspeitas de infeção com o vírus Ébolas, mas nenhum caso confirmado.

O surto de Ébola que tem fustigado a África Ocidental já provocou 4.922 mortos, de acordo com a última atualização da OMS, a maioria na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa.

FV (JCS) // VM - Lusa

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