quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Portugal: Fenprof estima que haja 15 mil alunos com necessidades especiais sem professor




“Este ano, a 3 de outubro, estavam colocados 875 professores contratados, ou seja, faltam 1.200” em relação ao número de docentes contatados no ano passado, alertou o líder da Fenprof, Mário Nogueira

A Fenprof estimou hoje que haja cerca de 15 mil alunos com necessidades educativas especiais (NEE) que continuam sem professor, uma vez que ainda só foram colocados nas escolas menos de metade dos docentes contratados no ano passado.

Durante uma conferência de imprensa realizada hoje em Lisboa, a Fenprof alertou para as “ilegalidades” que já encontrou nas escolas, como turmas com mais de 20 alunos ou com mais de dois estudantes com NEE e ainda casos em que os professores de NEE estão a ser reencaminhados para turmas onde faltam professores.

“Este ano, a 3 de outubro, estavam colocados 875 professores contratados, ou seja, faltam 1.200” em relação ao número de docentes contatados no ano passado, alertou o líder da Fenprof, Mário Nogueira.

Nestes números, frisou, falta acrescentar 110 professores que entretanto entraram para os quadros das escolas, o que não evita que Mário Nogueira considere que a situação é “muito grave”, tendo em conta que nos últimos anos o número de alunos com NEE tem vindo a aumentar e o úmero de professores e técnicos que os apoiam tem vindo a diminuir.

Há dois anos, havia nas escolas cerca de 54 mil alunos com necessidades educativas especiais, um número que aumentou para cerca de 56 mil no ano passado. Nesse mesmo período, “houve uma diminuição de professores de 5.345 para 4.838”, disse Ana Simões, a responsável da Fenprof pelo ensino especial, citando o relatório do Conselho Nacional de Educação, divulgado este verão.

 Lusa, em jornal i

Leia mais em jornal i

Sem comentários:

Mais lidas da semana