terça-feira, 28 de outubro de 2014

Portugal - OE2015: CGTP aponta continuidade entre o PS de Seguro e o de Costa




O secretário-geral da CGTP defendeu hoje junto do PS a necessidade de Portugal romper com o Tratado Orçamental da União Europeia e renegociar a dívida, mas considerou que há uma continuidade de posições entre os socialistas.

Arménio Carlos falava aos jornalistas depois de ter estado reunido primeiro com o PCP e depois com o PS, na Assembleia da República, sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2015, cujo debate na generalidade está agendado para quinta e sexta-feira.

"Pensamos que não é apenas necessário mudar de política, como também é preciso romper com o Tratado Orçamental para colocar a economia ao serviço das pessoas", afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, adiantando que, em relação ao PS, a sua confederação sindical apresenta diferenças ao nível das soluções.

De acordo com Arménio Carlos, o PS "entende que deve continuar a manter o Tratado Orçamental como referência para o desenvolvimento da sua política e a CGTP-IN entende que esse tratado queima todos os governos, sejam de direita ou não".

"Em relação à dívida, pensamos que é necessário renegociá-la para o país ter condições de pagar aquilo que deve. Só em 2015 a dívida vai levar 8,9 mil milhões de euros, mais do que o orçamento do Serviço Nacional de Saúde", apontou.

Interrogado se entende haver diferenças entre o anterior PS liderado por António José Seguro e o atual que tem o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, como candidato socialista a primeiro-ministro, o secretário-geral da CGTP-IN respondeu: "Acho que não há grandes diferenças".

"Há uma nova direção, que nós respeitamos. O que importa é procurar encontrar soluções para o futuro", declarou.

Questionado se existem inconstitucionalidades na proposta de Orçamento do Estado, Arménio Carlos sustentou a tese de que o Governo "terá aprendido com os erros que cometeu nos anos anteriores".

"Continuamos a aprofundar essa análise para vermos até que ponto se justifica avançar com uma eventual proposta de fiscalização [junto do Tribunal Constitucional]. Não temos o processo ainda acabado e se houver condições para suscitar a fiscalização de alguma matéria, naturalmente, tomaremos essa decisão", declarou.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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