Miguel
Marujo – Diário de Notícias
Comunistas
apresentam projeto de resolução para que seja transferida "para a esfera
pública todos os ativos" da empresa do GES e para reverter a parceria
público-privada que existe no Hospital de Loures.
A
bancada do PCP vai avançar com um projeto de resolução, assim que o calendário
parlamentar o permita, para "travar a venda de ativos do Grupo Espírito
Santo", nomeadamente na Espírito Santo Saúde (ESS), a empresa que gere os
hospitais Beatriz Ângelo, de Loures, e da Luz, em Lisboa.
Falando
aos jornalistas, à margem das Jornadas Parlamentares do PCP, que decorrem em
Loures até esta terça-feira, depois de na segunda-feira uma delegação comunista
ter visitado o hospital de Loures, o líder da bancada do PCP sublinhou que a
intenção do partido é "reverter a parceria público-privada que existe no
Hospital Beatriz Ângelo (HBA)".
"O
PCP irá apresentar uma iniciativa propondo que o Governo tome as medidas
necessárias para transferir para a esfera pública todos os ativos do grupo
Espírito Santo Saúde, nomeadamente fazendo reverter a parceria público-privada
que existe no HBA, salvaguardando a prestação de cuidados de saúde aos utentes,
os postos de trabalho, todas as condições necessárias, para que aquele serviço
público seja prestado", explicou João Oliveira.
Esta
proposta que tem como alvo a ESS, "não invalida que seja travada a
alienação de outros ativos que integram o Grupo Espírito Santo (GES)", por
estarem já comprometidos 4,9 mil milhões de euros dos contribuintes
portugueses.
Para
o deputado comunista, esta iniciativa tem "dois objetivos
essenciais": "Garantir o interesse público, que não pode ser
garantido se persistir a venda ao desbarato dos ativos que integram o
grupo" do Espírito Santo". E "a necessidade de manter o serviço
público, que em alguns casos está sujeito a uma lógica mercantil".
Admitindo
que se vai bater pela aprovação da resolução em sede parlamentar, esta
iniciativa significaria "criar condições para travar a OPA [oferta pública
de aquisição] que está em curso" ao ESS. "Transferindo para a esfera
pública os ativos, dificilmente a OPA terá condições de se fazer", disse
João Oliveira.
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