Artur Queiroz*, Luanda
A Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução onde reafirma a ilegalidade da ocupação da Palestina por Israel, desde 1967. Os votos a favor são cada vez mais, desta vez foram 124 países. Ao lado do estado terrorista mais perigoso do mundo apenas estiveram dois países europeus (Hungria e República Checa), um país africano (Togo) e três da América Latina, o quintalão dos gringos (Paraguai, Argentina, Guatemala).
A Austrália (o mesmo número de habitantes que Angola) e suas dependências em forma de países, Micronésia (100.000 habitantes), Nauru (12.000 habitantes), Ilhas Marshall (40.000 habitantes), Palau (18.000 habitantes) também alinharam ao lado do estado terrorista mais perigoso do mundo, apoiando os nazis de Telavive na ocupação da Palestina.
O Togo (oito milhões de habitantes) foi o único país africano a apoiar os nazis de Telavive e os terroristas da Casa dos Brancos. Num continente que tem 1.373.000.000 de habitantes.
Nenhum país da Ásia apoiou a ocupação ilegal da Palestina! Os mais fiéis a Washington abstiveram-se. Os representantes de 4.641.000.000 de seres humanos estão contra a ocupação ilegal da Palestina por Israel. O estado terrorista mais perigoso do mundo tem cada vez menos aliados. Desta vez nem Londres, Berlim e Paris não tiveram coragem de apoiar a Casa dos Brancos.
A resolução da ONU aprovada segue o parecer do Tribunal Internacional de Justiça que exige a retirada das forças militares israelitas da Palestina. Mas também a evacuação dos colonos na Cisjordânia. Revogação imediata de todas as leis e políticas de apartheid “que mantenham a situação ilícita”.
Os 124 países da ONU exigiram que Israel ”ponha fim sem demora à sua presença ilegal no Território Palestino Ocupado”. O documento refere que a ocupação dos nazis de Telavive “constitui um acto ilícito de carácter contínuo”. E uma confirmação: “A ONU exige que Israel cumpra sem demora todas as suas obrigações legais ao abrigo do Direito Internacional, incluindo as estipuladas pelo Tribunal Internacional de Justiça”.Desta vez a exigência de retirada das forças israelitas incluem “retirar todas as suas forças militares do Território Palestino Ocupado, incluindo nos espaços aéreo e marítimo”. O governo israelita há poucas semanas “autorizou” mais um colonato na Cisjordânia! E desencadeou uma grande operação militar nas principais cidades do território que causaram centenas de mortos e feridos, mais centenas de civis levados como prisioneiros para as masmorras dos nazis de Telavive. Partes do muro construído por Israel em território da Palestina têm de ser imediatamente demolidas.
A resolução aprovada pelos 124
países, entre os quais Angola, impõe acções concretas para o cumprimento
integral da sentença do Tribunal Internacional de Justiça de 19 de Julho
passado. Os juízes concluíram que “as políticas e práticas de Israel
Esta parte da resolução vai doer: “Israel tem de cessar todas as violações do Direito Internacional e do Direito Internacional Humanitário relacionadas com a ocupação. E tem de reparar os danos causados aos palestinos”. Os países membros da ONU são chamados a “não reconhecerem como lícitas as consequências da ocupação israelita”.
E agora? A resolução aprovada vai ser submetida ao Conselho de Segurança e como sempre o estado terrorista mais perigoso do mundo veta. As leis de apartheid continuam, a criadagem dos Media vai continuar a dizer que Israel “é a única democracia da região” e o genocídio continua. Em menos de um ano, as tropas de Israel já mataram 43.000 civis na Faixa de Gaza e mais de 30.000 são crianças. São quase 100.000 feridos, muitos deles amputados.
Os deputados do Parlamento Europeu aprovaram uma proposta que autoriza a Ucrânia a usar armas de longo alcance ocidentais contra alvos na Federação Russa. No texto é sublinhado que as restrições actuais impedem que Kiev “exerça plenamente o seu direito à autodefesa”. Um comunicado da instituição afirma que “os eurodeputados querem que os países da União Europeia levantem as restrições actuais que impedem a Ucrânia de usar sistemas ocidentais contra alvos militares legítimos na Rússia”.
A proposta também solicita aos países da União Europeia que “aumentem o financiamento à Ucrânia”. Úrsula von der Leyen anunciou imediatamente que o cartel europeu vai enviar 180 milhões de euros para a Ucrânia “preparar o Inverno”.
A proposta foi aprovada com 425 votos a favor, 131 contra e 63 abstenções. Eles querem guerra a todo o custo. Um deputado que votou contra, informou que um míssil hipersónico disparado da Federação Russa demora três minutos e quatro segundos a chegar a Estrasburgo. Mas eles não acreditam.
Já se ouvem os tambores da guerra.
* Jornalista
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