quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Angola: VERDADE REPOSTA, SOMOS OS PRIMEIROS!



Jornal de Angola - 31 de Dezembro, 2014

O IPOP Pesquisa de Opinião Publicidade e Marketing fez uma sondagem entre 28 de Abril e 9 de Maio que revela posições totalmente contrárias às que são defendidas por políticos, comentadores, jornalistas e alguns juristas.

Com base numa amostra de 2.000 entrevistados, com mais de 18 anos, foi possível chegar a uma conclusão esmagadora: o Jornal de Angola tem 54,7 por cento de audiência. Todos os semanários juntos chegam aos 47,5 por cento. A outra publicação diária da Empresa Edições Novembro, o “Jornal dos Desportos”, tem 31,1 por cento. No mesmo campo, “ A Bola” fica apenas pelos 7,0 por cento.

Aos 2.000 entrevistados no estudo de opinião a que o Jornal de Angola teve acesso, foi feita esta pergunta directa: confia na Imprensa em Angola? A resposta não deixa dúvidas. Mais de 61 por cento dos inquiridos confiam. Apenas 20 por cento não confiam. Quem conhece os títulos publicados semanalmente, percebe a razão dos inquiridos que estão do lado da rejeição. 

O perfil dos entrevistados que manifestaram a aceitação e rejeição é de 51,7 por cento de homens e 48,3 por cento mulheres. A faixa etária é também muito jovem o que mostra a audiência da Imprensa entre a juventude angolana: segundo o estudo, 45,5 por cento têm entre 15 e 24 anos, 43,3 por cento estão na faixa dos 25 e 39 anos. Afinal, a  juventude acredita na Imprensa e lê os jornais. 

Os 54,7 por cento de audiência do Jornal de Angola ganham uma expressão mais elevada se for tomado em linha de conta que os entrevistados são residentes nos municípios de Luanda, Belas e Cazenga, áreas urbanas, mas também Quiçama, Icolo e Bengo, Viana e Cacuaco, áreas com uma grande componente rural, ainda que Viana e Cacuaco tenham agora centralidades urbanas. Os entrevistados são moradores também na Ingombota, Samba, Rangel, Sambizanga, Maianga e Kilamba Kiaxi. Nestes municípios estão os grandes consumidores da Imprensa angolana.

Respeito pela ética 

A sondagem pretendeu colher informações sobre a percepção do público sobre o papel dos meios de comunicação social e o respeito aos princípios éticos. Mas também os níveis de confiança na Imprensa, hábitos e tendências de consumo, preferência e avaliação da propaganda do Estado nos meios de comunicação social.

No que diz respeito aos hábitos de utilização, a sondagem revela que 89,2 por cento dos inquiridos vêem televisão, 60,3 por cento têm acesso à Internet, 52,4 por cento ouvem rádio e 36,3 por cento lêem jornais e revistas. 

Na Internet, o Jornal de Angola tem 7,5 por cento de audiência, ocupando o quarto lugar numa lista comandada pela “Google Angola”. O êxito das publicações da Edições Novembro é evidente.

Confiança na Imprensa

Os entrevistadores fizeram esta pergunta ao universo de inquiridos: Confia na Imprensa e nos demais meios de comunicação social em Angola? A resposta – de acordo com o estudo realizado por altura do debate na Assembleia Nacional sobre o papel dos meios de comunicação social do Estado – contraria tudo ou quase tudo o que se tem dito e escrito sobre a credibilidade dos Media angolanos: 67 por cento confiam! Apenas 20 por cento não confiam. É um nível de confiança acima da média mundial, mesmo em países que se apresentam como os campeões da liberdade de imprensa, como os EUA, Reino Unido, França ou Alemanha. 

O conhecimento público desta sondagem de opinião justifica os violentos ataques que este ano surgiram contra o Jornal de Angola, particularmente no último semestre. Numa conferência no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, organizada pela União dos Jornalistas, um sociólogo colocou o líder de audiências em Angola ao mesmo nível do “Folha 8” (no estudo tem apenas 4,6 por cento) e afirmou que o Jornal de Angola não tem credibilidade nem respeita os princípios éticos e deontológicos. Opinião respeitável, mas que, pelos vistos, não tem qualquer adesão à realidade da influência dos “mass media” em Angola.

Esta técnica do “palpite” enganador sobre o Jornal de Angola é repetida por alguns comentadores, políticos e até jornalistas, que alinhavam lugares comuns para depois tirarem conclusões que sirvam ambições e interesses pessoais. O Jornal de Angola é cada vez mais um diário nacional, cobrindo na divulgação e distribuição todas as províncias.

Além dos ataques brutais desferidos contra o Jornal de Angola no último semestre deste ano e particularmente nos dois últimos meses, por figuras da oposição, merece referência especial a exibição no plenário da Assembleia Nacional, durante o debate, de um contrato individual de trabalho entre a Empresa Edições Novembro e um jornalista. O documento foi roubado e o deputado Raul Danda ousou exibi-lo na casa das leis. Ao fazê-lo violou gravemente a Lei. Mas a violação grosseira não mereceu a mínima inquietação dos seus colegas de bancada. O que revela conivência no crime. Já durante o CAN’2010, uma viatura da Edições Novembro foi alvejada durante o ataque à selecção do Togo em Cabinda e a solidariedade das associações de classe dos jornalistas foi em de forma silêncio.

Liberdade de expressão

Um consumidor atento dos jornais angolanos facilmente conclui que a liberdade de expressão é uma realidade inquestionável. O mesmo acontece com a liberdade de imprensa. O que falta é mais trabalho sério e verdadeiramnete profissional dos jornalistas.  Em Angola não existe qualquer tipo de censura institucional, mas há casos evidentes de abuso de liberdade de imprensa, que fazem vítimas em todos os estratos sociais. Os principais alvos dessas acções criminosas são titulares de órgãos de soberania, que desenvolvem um serviço público e tem direito à dignidade e ao bom nome. 

Por regra, os abusadores da liberdade de imprensa beneficiam de absoluta impunidade, algo que se entende, em todo o mundo, como liberdade.

O que falta na Imprensa

Aos 2.000 entrevistados na sondagem do IPOP foi feita outra pergunta directa: O que falta na comunicação social? As respostas são eloquentes: 17 por cento dizem que falta verdade. Mas cerca de 13 por cento responderam que não falta nada. Apenas 4,3 por cento dizem que falta profissionalismo. Mas quanto à liberdade de expressão, só 3,1 por cento (61 entrevistados em 2.000) dizem que falta. Os detractores da Imprensa têm outra surpresa: apenas 1,4 por cento dos entrevistados dizem que não há isenção na Imprensa. Quem trabalha a sério nos jornais sabe que este número está certo.

Mas há mais dois números que contrariam a corrente dominante. Apenas 0,7 por cento dos entrevistados dizem que a comunicação social angolana não tem autonomia e 0,6 por cento dizem que é desequilibrada. Um número irrisório.

Preconceito e deslealdade

Um jurista conceituado afirmou publicamente que os órgãos de comunicação social públicos “nem sequer sabem o que é o contraditório”. Se um jornalista disser que um jurista não sabe o que é uma lei, essa afirmação não passa de um “fait divers”. 

Um jornalista de um novo jornal angolano, servindo-se da monografia de um estudante, atacou o Jornal de Angola. O autor do trabalho de fim de curso comete erros conceptuais básicos, manipula conteúdos e confunde textos de opinião com mensagens informativas. No fim tira conclusões políticas à medida dos preconceitos. 

Esta iniquidade serve de base a ataques ao Jornal de Angola, cujos profissionais querem apenas fazer jornalismo. Uns, por preconceito, despeito e ignorância. Outros, por deslealdade. O jornal que publicou a monografia é elogiado pelo jovem estudante, mas, segundo o estudo do IPOP, tem apenas 3,8 por cento de audiência em Luanda, apesar de contar com melhores equipamentos. Muito pouco em comparação com os 54,7 por cento de audiência do Jornal de Angola. 

Os profissionais do sector esperam que em 2015 cessem os ataques aos órgãos de comunicação social e se faça mais e melhor jornalismo. Em nome da liberdade de imprensa e da verdade.

Sem comentários:

Mais lidas da semana