terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Hong Kong: LÍDERES DE PROTESTOS PODEM SER DETIDOS, NEGOCIAÇÕES ENSOMBRADAS




Líderes dos protestos pró-democracia de Hong Kong enfrentam risco de detenções

Hong Kong, 06 jan (Lusa) - Mais de 30 figuras-chave da campanha de desobediência civil em Hong Kong correm o risco de serem detidos após serem informados de que são suspeitos de instigar os protestos pró-democracia, escreve hoje o jornal South China Morning Post.

Segundo o diário, que cita fontes policiais, os ativistas estão a ser acusados de instigar, organizar ou ajudar a erguer as barricadas ilegais dos protestos que ocuparam várias zonas da cidade ao longo de 79 dias, que terminaram depois do desmantelamento levado a cabo pela polícia.

Entre os que já foram convocados pela polícia figuram os líderes estudantis Alex Chow e Joshua Wong, assim como os mais mediáticos líderes do Occupy Central, o revendo Chu Yiu-ming e os académicos Benny Tai e Chan Kin-man.

No passado dia 03 de dezembro, os três líderes do Occupy Central optaram por se entregar voluntariamente à polícia, numa iniciativa simbólica para pôr fim ao movimento, numa altura em que se receava uma escalada de violência, tendo sido libertados uma hora depois.

Entre a lista de suspeitos da polícia estão vários deputados de Hong Kong e membros de partidos liberais, adianta o jornal.

Os convocados pelas autoridades devem deslocar-se às instalações policiais, onde as autoridades procederão à sua detenção, para, de seguida, os libertar sob fiança.

Na lista de nomes está também o magnata dos media Jimmy Lai, proprietário e ex-editor do diário chinês Apple Daily.

ISG // ARA

Líder de Hong Kong alerta contra protestos antes de negociações sobre reforma política

Hong Kong, China, 06 jan (Lusa) - O chefe do Executivo de Hong Kong alertou hoje contra protestos pró-democracia antes de lançar uma nova ronda de consulta pública sobre a reforma política, garantindo que as autoridades não se não vergar a "ações coercivas".

O Governo começa na quarta-feira uma segunda ronda de consulta pública sobre o processo de eleição do líder do Executivo.

A China prometeu que a população de Hong Kong poderia escolher o seu líder pela primeira vez em 2017, mas decidiu que os candidatos a esse cargo têm de ser previamente selecionados por um comité visto como próximo do poder, uma decisão que gerou uma onda de indignação e mais de dois meses de protestos nas ruas.

"Se realmente queremos implementar sufrágio universal em 2017, não devemos fazer nada que ameace o Governo de Hong Kong ou o Governo Central", disse CY Leung.

O chefe do Executivo defendeu que o processo deve seguir a Lei Básica, a lei fundamental do território, e sublinhou que "ações coercivas que sejam ilegais ou perturbem a ordem social" não vão mudar nada.

O público deve adotar uma abordagem "legal, racional e pragmática" para expressar as suas opiniões, acrescentou Leung.

ISG // JCS

*Título PG

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