terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Moçambique: PORTA-VOZ DA RENAMO NOVAMENTE DETIDO




Maputo, 06 Jan (AIM) As autoridades policiais moçambicanas detiveram na manhã de hoje António Muchanga, porta-voz da Renamo, o maior partido da oposição.

A detenção ocorreu em uma estação de serviço na zona da Matola Rio, província meridional de Maputo.

Muchanga é acusado de ter liderado no sábado último, na capital moçambicana, uma marcha ilegal para repudiar o acórdão do Conselho Constitucional (CC) que confirmou a vitória da Frelimo (partido no poder) e seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, nas eleições gerais de 15 de Outubro de 2014.

Falando no habitual briefing semanal à imprensa, o porta-voz do Comando da Polícia moçambicana (PRM), a nível da cidade de Maputo, Orlando Mudumane, revelou ainda que Muchanga é igualmente acusado de incitação a violência.

O porta-voz da Renamo foi detido hoje na Matola rio, nas bombas de abastecimento de combustível. Ele liderou, sábado passado, uma manifestação ilegal em Maputo. Para além disso ele tem proferido discursos que incitam a violência, explicou Mudumane.

Essa manifestação não tinha autorização das autoridades moçambicanas. Eles deviam comunicar o município e assim a Polícia iria proteger a manifestação, mas não foi o que aconteceu, disse o porta-voz.

Segundo a fonte, a Polícia tentou sem sucesso no sábado, deter o porta-voz da Renamo enquanto decorria a marcha.

Contudo, segundo Mudumane,
quando a Polícia interveio para dispersar os manifestantes ele (Muchanga) pôs-se em fuga e, a partir daí ele já era considerado um fugitivo, pois não parou para responder pela manifestação ilegal.

Esta é a segunda detenção de Muchanga em menos de um ano. A primeira ocorreu em Julho de 2014 quando saia de uma reunião do Conselho do Estado, convocada pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza. Na altura, Muchanga foi acusado de incitação a violência.

O porta-voz da Renamo só viria a ser restituído a liberdade com a aprovação da Lei da Amnistia, aprovada pelo parlamento, a Assembleia da República (AR), ora promulgada pelo Chefe de Estado e publicada no Boletim da República.

(AIM) HT/sg

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