quarta-feira, 4 de março de 2015

Portugal. A ARTE FRACASSADA DE UM CHARLATÃO. PASSOS COELHO PARA RECORDAR


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

Em determinadas circunstâncias e perante comprovadas e constantes evidências só existe um modo de dizer o constatado e correspondente à realidade: Portugal está a ser governado por um primeiro-ministro que é um enormíssimo charlatão que nem nessa particularidade é perfeito. Que até nisso fracassou. Mais grave ainda é por o PM ser um individuo que tem vindo a desempenhar aquele cargo ao colo do presidente da República, Cavaco Silva - figura cinzenta e nefasta que age toscamente no desempenho do cargo, prejudicando a imagem e objetivos da República, sua dignidade e do país.

O fracasso da arte do primeiro-ministro Passos Coelho começou a ser evidenciado logo nos primeiros dias da sua tomada de posse. Rapidamente se lhe colou justamente, a ele e ao seu governo, o epíteto de Bando de Mentirosos. Daí em diante tem sido um ver-se-te-avias. Passos foi tosco nas desculpas esfarrapadas que encontrou no caso Tecnoforma. Anteriormente foi tosco ao fazer permanecer no seu governo Miguel Relvas. Um ministro, seu braço direito, que até nas suas habilitações universitárias cometeu falcatruas. Foi e é tosco agora no caso das dívidas à Segurança Social.

Passos Coelho, confrontado com a realidade das referidas dívidas, não resistiu ao seu modo doentio de não reconhecer que é um enorme charlatão repleto de arrogância que só por conveniência procurou vitimizar-se. O que não resultou. Não resultou porque o que Passos devia ter feito seria esclarecer com transparência o caso e pedir desculpas aos portugueses. Em vez disso confiou na sua arte de charlatão numa causa perdida que veio demonstrar mais uma vez que ele é um falso moralista, assim como um falso social-democrata. Assim como um falso honesto cidadão.

O charlatão, atual primeiro-ministro, fracassou redondamente. Continuará a ser primeiro-ministro? Claro que sim. Não devia, mas o empenho de Cavaco Silva em defender as suas cores partidárias e as suas convicções políticas de uma direita saudosista que roça o fascismo salazarista relega os interesses e a dignidade de Portugal para plano inferior.

A reposição da dignidade pode acontecer em novas eleições daqui por cerca de meio ano. Dependerá da escolha dos portugueses. Também da urgência de Cavaco Silva renunciar ao cargo de presidente da República, para que seja possível eleger um digno sucessor deste nefasto presidente.

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