O
dirigente do partido Livre Rui Tavares diz que a entrada da Guiné Equatorial
para a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) foi o
"ponto mais baixo" da diplomacia nacional.
O
dirigente do partido Livre Rui Tavares disse hoje, em Lisboa, que a entrada da
Guiné Equatorial para a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa
(CPLP) foi o “ponto mais baixo” da diplomacia nacional.
“A
adesão da Guiné Equatorial à CPLP foi simplesmente o ponto mais baixo da nossa
diplomacia desde a revolução de Abril, mais baixo não se pode descer”, disse
Rui Tavares, que discursou no Congresso da Cidadania, Rutura e Utopia, em
Lisboa.
Rui
Tavares defendeu também que Portugal tem o compromisso, com os países de língua
oficial portuguesa, de “lutar para que os deveres civis e políticos, mas também
os direitos sociais e humanos, como a prosperidade partilhada, sejam um
objetivo da CPLP”.
Ainda
no campo dos direitos humanos, o dirigente disse que espera “que o próximo
governo proceda ao reconhecimento da Palestina, como um Estado soberano e
independente, e que defenda a criação de um tribunal internacional contra os
crimes ambientais ou que apoie a criação de uma assembleia das Nações Unidas,
onde haja uma canalização das vozes das sociedades civis de todo o mundo”.
Rui
Tavares voltou ainda a dizer que “não ganham batalhas novas com livros velhos”,
referindo-se à crise, e acrescentou que “há pessoas que insistem que crise nova
tem de ser vencida com ideias do passado”. O dirigente político sublinhou
também que é necessária uma maioria nas próximas eleições legislativas, senão o
país não saberá sair da situação em que se encontra atualmente.
Questionado
pela Lusa acerca das eleições presidenciais, o dirigente afirmou que “é a
sociedade civil que tem de gerar os seus candidatos”, acrescentando que o Livre
vai “avaliar o que se está a passar, encorajar a que haja alternativas do campo
progressistas, anti-austeridade, do campo que é pela democracia europeia”.
Também
no painel de Rui Tavares foi orador o vice-presidente da Associação de
Integridade e Transparência, Paulo Morais. “O nosso Presidente da
República deve-nos a todos, à comunidade portuguesa, já há mais de dois anos,
ou a demissão do governo ou a sua própria demissão”, afirmou.
O
antigo vereador do Urbanismo da Câmara do Porto falou também acerca do poder
judicial e defendeu que “a justiça não tem meios, porque depende de
autorizações de poder executivo que, como não quer que a justiça funcione, não
lhe dá meios”.
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