Pequim,
14 mar (Lusa) -- A China apresentou uma queixa formal ao embaixador birmanês,
depois da morte de quatro cidadãos na explosão de uma bomba em Yunnan, devido
ao conflito que as vizinhas forças birmanesas e a guerrilha da minoria kokang
travam.
O
vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Zhenmin, convocou o
embaixador birmanês, Thi Linn Ohn, na noite de sexta-feira, poucos depois da morte
dos quatro cidadãos, informa hoje a agência oficial chinesa Xinhua.
A
bomba caiu numa plantação de cana-de-açúcar na cidade de Lincang, na província
chinesa de Yunnan, na fronteira com a Birmânia ao início da tarde de
sexta-feira, fazendo quatro mortos e pelo menos nove feridos.
Liu
Zhenmin condenou o incidente e instou a Birmânia a investigar o caso e a manter
a China a par dos resultados, bem como a punir "de forma adequada" os
responsáveis e a tomar "medidas eficazes e imediatas" para evitar que
a situação se repita, diz a Xinhua.
Pequim
já tinha protestado formalmente junto da Birmânia há cinco dias, pela queda de
projéteis em solo chinês, os quais danificaram uma casa na mesma província,
ainda que sem causar vítimas.
Na
altura, o porta-voz da diplomacia chinesa Hong Lei aproveitou para recordar que
o conflito entre a minoria kakong, que vive no norte da Birmânia, e as
autoridades desse país havia cumprido já um mês, o que "afeta a
estabilidade da zona fronteiriça".
Há
uma semana, a China anunciou que mais de 60 mil birmaneses atravessaram a
fronteira, fugindo do conflito armado.
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