domingo, 15 de março de 2015

China protesta contra a Birmânia pela morte de quatro chineses devido a conflito




Pequim, 14 mar (Lusa) -- A China apresentou uma queixa formal ao embaixador birmanês, depois da morte de quatro cidadãos na explosão de uma bomba em Yunnan, devido ao conflito que as vizinhas forças birmanesas e a guerrilha da minoria kokang travam.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Zhenmin, convocou o embaixador birmanês, Thi Linn Ohn, na noite de sexta-feira, poucos depois da morte dos quatro cidadãos, informa hoje a agência oficial chinesa Xinhua.

A bomba caiu numa plantação de cana-de-açúcar na cidade de Lincang, na província chinesa de Yunnan, na fronteira com a Birmânia ao início da tarde de sexta-feira, fazendo quatro mortos e pelo menos nove feridos.

Liu Zhenmin condenou o incidente e instou a Birmânia a investigar o caso e a manter a China a par dos resultados, bem como a punir "de forma adequada" os responsáveis e a tomar "medidas eficazes e imediatas" para evitar que a situação se repita, diz a Xinhua.

Pequim já tinha protestado formalmente junto da Birmânia há cinco dias, pela queda de projéteis em solo chinês, os quais danificaram uma casa na mesma província, ainda que sem causar vítimas.

Na altura, o porta-voz da diplomacia chinesa Hong Lei aproveitou para recordar que o conflito entre a minoria kakong, que vive no norte da Birmânia, e as autoridades desse país havia cumprido já um mês, o que "afeta a estabilidade da zona fronteiriça".

Há uma semana, a China anunciou que mais de 60 mil birmaneses atravessaram a fronteira, fugindo do conflito armado.

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