terça-feira, 10 de março de 2015

Portugal. FASCISTAS DO PARTIDO SOCIALISTA QUEREM MUSEU PARA SALAZAR


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

Mário Soares, Manuel Alegre e outros do Partido Socialista, como António Costa, deviam borrar as caras de negro antes de abrirem a boca sobre o denominado, mas falso, Partido Socialista. Deviam ter a dignidade de labutarem ferozmente pela purga de fascistas e neoliberais-profascistas que abundam no partido. Ou isso ou demitirem-se. Sob pena de se não o fizerem estarem a aldrabar aos portugueses quando referem o Partido Socialista. Que são de esquerda, como tanto propalam. O que parece é que já nem sabem o que é ser de esquerda. São tão de esquerda e socialistas quanto o recente exemplo do autarca de Santa Comba Dão. Um admirador salazarista que pugna pelo Museu de Salazar naquela terra de má memória, que foi berço do fascista e torcionário ditador que enfernizou a vida a milhões de portugueses.

O jornal i aborda exatamente a luta dos fascistas santacombenses, militantes do falso Partido Socialista incluídos. Um museu salazarista só teria cabimento sob a janela histórica de quanto o fascista Salazar torturou Portugal e assassinou portugueses. Salazar representa um regime hediondo que decerto não será mostrado no museu criado pelos seus aduladores. Santa Comba Dão devia ter vergonha por ter parido aquele terrível ditador, em vez do orgulho que ostenta ao ponto de pretender criar um museu. Devia excomungar Salazar, em vez de o querer perpetuar e homenagear. O mal que fez a Portugal e aos portugueses nunca será esquecido ou perdoado pelas famílias dos antifascistas que lutaram contra o tenebroso regime salazarista. Nem mesmo as famílias dos que não lutando abertamente era categóricos descontentes e opositores secretos que só não saíam à luz do dia por temerem a PIDE, a polícia polícia assassina que servia o salazarismo fascista.

Mais ainda que atualmente a fome e a miséria grassava em Portugal. A repressão era gigantesca. Portugal pertencia a meia-dúzia de famílias eleitas e protegidas por Salazar. Famílias negreiras que exploravam os trabalhadores portugueses com base em princípios esclavagistas que nos campos e nas fábricas os levavam a trabalharem de sol a sol para conseguirem uma minúscula côdea de pão. Foi verdade, uma sardinha tinha de ser suficiente para três pessoas… com essa côdea de pão. Salazar era o criador de um Portugal negro, atrasado em todos os aspetos, gerador do analfabetismo, proibitivo da aquisição do conhecimento que abundava pelo mundo ocidental democrático mas que estava proibido de ser divulgado em Portugal. Para isso existia a censura nos jornais, nos livros, no cinema, no teatro, nas artes de um modo geral.

A estupidificação e analfabetismo político que ainda existe em Portugal deve-se ao salazarismo. É por isso que salazaristas da modernidade, como Cavaco Silva, Passos Coelho ou Paulo Portas, são eleitos e se mantêm nos poderes de mão dada com banqueiros criminosos e grandes empresários da mesma estirpe. Com corruptores e corruptos. É devido aos chamados brandos costumes incutidos pelos salazaristas que o povo português está numa espiral de retrocesso ao passado negro que é motivo de orgulho dos de Santa Comba Dão e do Portugal ignorante que é fascista sem dar conta disso. Vai daí dizem-se democráticos, cristãos na democracia, sociais democratas, socialistas. Dizem-se e pensam que são. Tal é o grau de embrutecimento que o salazarismo impingiu aos seus pais e se tornou genético. Por isso são como são. Por isso consideram dever um Museu a Salazar onde certamente enaltecem o maior responsável pelo atraso a que Portugal ainda está votado. Enaltecem não só um fascista mas também um criminoso que já foi e continua a ser julgado e condenado pelos que viram suas famílias perseguidas, que ainda eram jovens se sentiam perseguidos e tinham bem presente que todo o cuidado era pouco para não caírem nas garras da polícia política, a PIDE, os assassinos a soldo de Salazar. Que os encarcerava nas prisões da ditadura depois de torturados e voltarem a ser torturados. Quando não eram assassinados.

E é destes aduladores fascistas que o Partido dito Socialista está a ser composto sem oposição interna. Nem mesmo daqueles que combateram o fascismo salazarista e foram perseguidos e presos por esse regime. A pouca vergonha no dito PS mostra o que vem de trás com Mário Soares e outros em perfeita sintonia com aqueles que travaram o processo democrático, a independência e revolução despoletada em 25 de Abril de 1974.

Estamos esclarecidos. Afinal são todos uns vendidos ao grande capital. Não é por acaso que foram para a política, para ministros, deputados e etc. Com o fito de enriquecerem. E enriqueceram. Enquanto os portugueses receberam e recebem migalhas.

Disse, com verdade, Maria José Morgado, da Procuradoria-Geral da República: “Há políticos pobres que ao fim de uns anos estão milionários.”

Como é dito no texto de Pedro Rainho, no jornal i, que pode ler a seguir: “A decisão de avançar com a obra é de um socialista. Câmara vai pedir apoios a Bruxelas”.

Bruxelas vai financiar maioritariamente um espaço saudosista e de homenagem ao tenebroso ditador e assassino de tantos portugueses e cidadãos das ex-colónias?

Não será para admirar. São muitos os fascistas que se sentam no Parlamento Europeu sob as falsas vestes de democratas. São muitos os que ocupam cargos relevantes nos vários organismos da UE.

Democratas? Socialistas?

Autarca socialista pede apoios a Bruxelas para Museu Salazar

Pedro Rainho – jornal i

A decisão de avançar com a obra é de um socialista. Câmara vai pedir apoios a Bruxelas

A primeira parte do museu Salazar abre portas, no máximo, dentro de dois anos. O presidente da Câmara de Santa Comba Dão, Leonel Gouveia, assegura ao i que se trata de um “projecto prioritário” para a autarquia, numa altura em que o município já se prepara para apresentar uma candidatura a fundos comunitários para financiar a intervenção.

Na rua Prof. António dr Oliveira Salazar, a via principal que atravessa o Vimieiro, estão alinhadas lado-a-lado a casa onde o antigo governante nasceu, o espaço onde “aprendeu as primeiras letras”, uma antiga casa para visitas e mais uma casa onde viveu, e que agora está ocupada pelo sobrinho-neto Rui Salazar. Metros acima está a escola de largas paredes de pedra onde Salazar fez a instrução primária. Apenas esta pertence inteiramente ao município e é por aqui que o projecto vai arrancar.

O espaço serviu de escola até 2009 – nas janelas ainda estão as colagens de trabalhos dos antigos alunos da terra. Agora, de portas fechadas, o destino passa por albergar a “primeira fase” da casa-museu. “A ideia é criar um centro interpretativo” quer da figura de Salazar quer do período do Estado Novo, diz Leonel Gouveia.

O projecto, longe de ser consensual, é desejado por muitos habitantes do Vimieiro e das localidades em volta. No Rojão Grande, a poucas centenas de metros da rua onde ficará o museu, os clientes do Café Ideal já tinham posto em marcha uma simbólica recolha de donativos. Pretendiam, com isso, contornar o eventual argumento da falta de verbas que a autarquia pudesse apresentar para justificar a falta de avanços no projecto.

Os receios parecem ser infundados. O presidente da câmara garante que a casa-museu é “um projecto prioritário a que dará toda a força e apoio” e, com vista a uma candidatura já ao próximo quadro comunitário, um historiador e um arqueólogo estão neste momento a fazer o trabalho de casa. “A escola tem condições para  servir de início ao projecto”, considera a autarquia.

Até ao Verão deverá ser possível apresentar a candidatura aos fundos comunitários. A “intervenção ao nível da remodelação dos espaços”, adaptando a escola às características de um museu, mas também o “recurso a novas tecnologias” audiovisuais arrancará assim que as verbas forem desbloqueadas. “Está nos nossos planos concluir esta primeira fase até ao final do mandato”, refere Leonel Gouveia. Na prática, até 2017, as portas do museu estarão abertas ao público.

A intervenção nos restantes edifícios ficará para uma fase posterior, quando a câmara estiver na posse de todo o espólio de Salazar. Em 2006, Rui Salazar doou ao município o terço da herança que lhe coube por direito. Os outros dois terços continuam com o irmão do sobrinho-neto do antigo governante, e o actual executivo até já teve reuniões com o segundo herdeiro para abordar a doação, mas “ainda não houve entendimento a esse nível”.

De resto, só quando tiver todos os edifícios na sua posse, a autarquia poderá pensar em alargar a casa-museu a mais espaços, mas enquanto isso não acontece as casas vão apresentando sinais evidentes de degradação. O telhado da casa onde Salazar nasceu, por exemplo, há meses que ameaça ruir. Mantém-se no sítio graças a uma trave que impede o colapso. “Estamos a intervir nos espaços onde o nível de degradação é mais visível”, ressalva o autarca.

A defesa de um projecto como a casa-museu de Oliveira Salazar tem um peso político difícil de ignorar. André Alves, um dos principais dinamizadores do Grupo de Admiradores de Oliveira Salazar (GAOS), garante que o autarca que tomar a decisão de abrir as portas do museu “nunca mais de lá sai”, numa referência ao apoio que a população dá ao projecto. Mas, internamente, a decisão de avançar levanta ondas no partido. Mesmo assim, o socialista não desarma. “Santa Comba Dão tem essa figura da história e temos que a valorizar e dar a conhecer aos portugueses”, diz.

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