domingo, 12 de abril de 2015

Brasil. No Rio, praia de Copacabana é palco de protesto contra o governo Dilma




Manifestantes pedem fim da corrupção e impeachment da presidenta. Segundo a PM, 10 mil pessoas participaram do ato

Angáelica Fernandes e Leandro Resende – O Dia (br)

Rio - Aproximadamente 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, marcharam na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, contra o corrupção e o governo da presidenta Dilma Rousseff, neste domingo. Os protestos no bairro foram convocados através de redes sociais. O primeiro, marcado para às 10h, teve início uma hora depois. O segundo está marcado para começar às 14h.

Três carros de som são utilizados no protesto, onde pessoas vestem verde e amarelo e também carregam faixas que pedem o impeachment da governante e criticam o Partido dos Trabalhadores (PT). Dos carros, dois carros pertencem ao movimento "Vem pra rua". O terceiro, que está parado na altura da Rua Xavier da Silveira, é do movimento "Brasil Livre". Defensores de uma intervenção militar no país também marcam presença no ato.

Além dos discursos contra a presidenta Dilma e o PT, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), também se tornou alvo de quem participa do protesto, sendo mencionado em pronunciamentos feitos nesta manhã. Em contrapartida, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, é louvado pelas pessoas que comparecem à manifestação.

"Vamos pedir o impeachment da Dilma, do Michel Temer (vice-presidente) e, só quando Jesus governar o Brasil, é que vamos ter felicidade", declarou um dos líderes do movimento "Vem pra rua".

Militante pró-Dilma é rechaçado

Um homem, que carregava uma bandeira vermelha, foi rechaçado durante o ato realizado na manhã deste domingo. "Atenção, PM. Tem comunista infiltrado", anunciou o carro de som do movimento "Vem pra rua" assim que avistou o militante na Avenida Atlântica, altura da Rua Xavier da Silveira. Ele foi cercado por aproximadamente 50 pessoas, que gritavam "fora PT", "ladrão, ladrão".

Policiais militares precisaram fazer um cordão de isolamento em torno do militante pró-Dilma para que ele não fosse agredido. O homem entrou em uma viatura da PM, onde seguiu com policiais até a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Horas depois, um homem de camisa vermelha passava de bicicleta pela ciclovia. Após ser alertado por uma pessoa do carro de som, os manifestantes passaram a hostilizar o rapaz, mas não teve maiores incidentes.

PMs de 14 batalhões reforçam a segurança na orla

Em nota, a Polícia Militar informou que 800 policiais reforçavam a segurança no ato. Os PMs foram deslocados do 2º BPM (Botafogo), 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão), 5º BPM Centro, 6º BPM Tijuca, 16º BPM (Olaria), 17º BPM (Ilha do Governador),19º (Copacabana) 22º BPM (Maré), 23º BPM (Leblon), Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE), Batalhão de Policia de Choque (BPChq), e do Batalhão de Policia Burocrática (BPB). O ato também conta com o apoios de policiais do 2º e 3º Comando de Policiamento de Área (CPA).

Protesto na Zona Sul de Niterói

Assim como no Rio de Janeiro, niteroienses também recorreram a um bairro da Zona Sul para protestar neste domingo. As reivindicações são as mesmas: impeachment de Dilma, fim da corrupção e saída do PT do governo. Aproximadamente duas mil pessoas se reúnem na Praia de Icaraí, bairro nobre da Cidade Sorriso. A Guarda Municipal acompanha a manifestação. A Polícia Militar ainda não informou o esquema de policiamento da região.

Na foto: Cerca de 10 mil pessoas estiveram, neste domingo, em Copacabana, com faixas e cartazes no ato contra a presidenta Dilma Rousseff

Foto:  Severino Silva / Agência O Dia

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