Macau,
China, 16 abr (Lusa) -- O secretário para os Transportes e Obras Públicas de
Macau, Raimundo do Rosário, pediu hoje desculpa por não ter ainda um calendário
ou orçamento final para o Metro ligeiro, após constantes atrasos e derrapagens.
"Infelizmente,
excederam-se os prazos e os orçamentos inicialmente previstos e não estamos
ainda sequer em condições de anunciar quando poderá a população começar a
usufruir da primeira fase deste novo sistema de transporte nem quanto
custará", pelo que "na impossibilidade de justificar o
injustificável, não nos resta outra alternativa senão pedir sentidas desculpas
a toda a população", afirmou Raimundo do Rosário.
No
primeiro de dois dias na Assembleia Legislativa para o debate setorial das
Linhas de Ação Governativa para 2015, prometeu que a sua Secretaria irá fazer
tudo o que estiver ao seu alcance para concretizar o projeto.
"Contamos,
portanto, não apenas com o empenho e competências contratualizadas, mas também
com o bom senso e a colaboração dos nossos parceiros para que, juntos, possamos
desenvolver todos os esforços em prol do sucesso desta grande obra, até porque,
sublinho, é a boa reputação da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau]
que está em causa".
Em
matéria de transportes públicos, o Secretário lembrou que decorrem negociações
com as companhias de autocarros no âmbito da revisão dos contratos para que
todos operem ao abrigo do regime de concessão e indicou ainda que estas vão ser
incentivadas a incluir mais autocarros movidos a gás natural e elétricos nas
suas frotas, mas sem especificar de que forma.
No
que diz respeito aos táxis, indicou que serão atribuídas 300 licenças (200
normais e pelo menos 100 especiais) em concursos públicos a realizar este ano,
durante o qual se compromete em fazer chegar ao hemiciclo uma nova versão do
diploma sobre a revisão do Regime Jurídico dos táxis, uma vez finda a consulta
pública.
No
plano do ambiente, o Secretário para os Transportes recordou que faz parte dos
planos do Governo "definir normas mais exigentes relativamente à emissão
de gases de escape de veículos, bem como aperfeiçoar o regime de inspeção,
fixar normas relativas à qualidade dos combustíveis e implementar a primeira
fase do apoio para a eliminação de motociclos e ciclomotores de combustão
interna a dois tempos altamente poluentes".
E,
prometendo estimular a utilização de veículos elétricos e de outros ecológicos,
afirmou que irá procurar, no seio da sua tutela, "dar o exemplo".
Para
este ano, avançou, está também prevista a realização de uma consulta pública
com vista à definição de um Regime de Avaliação de Impacto Ambiental.
DM
(ISG) // EL
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