quarta-feira, 22 de abril de 2015

NYUSI QUER POPULAÇÃO FOCADA NO DESENVOLVIMENTO E NÃO NA DIVISÃO DO PAÍS



Anacleto Mercedes, da AIM

Magude (Moçambique), 21 Abr (AIM)
O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, exortou hoje, aos cidadãos a não perderem tempo discutindo a divisão do país, ganho e conquistado com muito sacrifício, mas sim devem ganhar este mesmo tempo discutindo como produzir mais comida, construir mais escolas, mais estradas e desenvolver o país.

Nyusi dirigia-se à população do distrito de Magude, província meridional de Maputo, num comício bastante concorrido, por ocasião da visita de trabalho de quatro dias.

O povo quer comida. O povo quer medicamentos. O povo quer água. O povo quer energia. É nisto que temos que investir o tempo para trabalharmos para o nosso povo e tirar o povo da miséria. É isso que nós devemos fazer. Agora, perder tempo sentado e reunir todos os dias como dividir Moçambique não deve ser agenda dos moçambicanos, disse o Presidente.

Explicando sobre a sua escalada ao distrito, em particular, e à província, em geral, o mais alto magistrado da nação disse que ia agradecer pelo facto de a população lhe ter escolhido e ao seu partido (Frelimo) para a vitória nas eleições de Outubro de 2014.

Outro objectivo foi de levar consigo uma mensagem
muito simples, que se resume apenas em paz, unidade (nacional) e o desenvolvimento.

É esta mensagem, de esperança, que trago para a população de Magude. Com estas três palavras, resolveremos o problema dos moçambicanos. Então, pedimos para que nos dêem tempo para concentrarmo-nos e resolvermos estes problemas, do que discutir parcelar uma nação. É isto que nós queremos fazer, sublinhou.

Em relação à paz, o estadista destacou a pertinência de sua preservação, visto que sem a mesma nada se pode fazer: não se pode produzir comida, não se podem construir infra-estruturas sociais, entre outros aspectos de interesse comum.

Explicando o sentido da paz, ele disse não se tratar apenas de não disparar contra outra pessoa, mas também harmonia, amizade e um convívio entre os homens.

Assim, os povos moçambicanos têm que estar sempre em paz, com uma vida sempre em paz, comunhão e harmonia entre cada um dos cidadãos.

Isto que está a acontecer, agora, na África do Sul, de andar a perseguir irmãos doutros países é falta de paz. É falta de paz também quando vamos dormir e não sabemos se o nosso gado, que está no curral, quando acordarmos estará ali, ou haverá alguém que virá roubar. Quando rouba e intranquiliza-nos, não estamos em paz, referiu.

Nyusi explicou que não se está em paz também quando se discute por causa da terra, porque esta pertence a todos os moçambicanos, é um bem comum.

Por isso, aproveitou a oportunidade e apelou a todos a protegerem a paz, alimentando-a.

E, no seu entender, a paz alimenta-se conversando, sorrindo, entendendo, perdoando e tolerando.

No concernente à unidade nacional, o Presidente destacou igualmente a necessidade da sua continuidade, pois, da mesma maneira que, unido, o povo moçambicano libertou o país do jugo colonial português, unido, este mesmo povo pode continuar a desenvolver o país.

Sobre o desenvolvimento, o terceiro aspecto na sua mensagem, Nyusi preferiu deixar ao critério dos presentes, para que estes, através das suas contribuições, pudessem dizer como é que o governo deve agir e que acções deve levar a cabo para o progresso do país, rumo ao bem-estar de todos.

Esta população, que, mesmo debaixo de chuva que se fazia sentir em Magude, acorreu ao local do comício, pediu para que o governo de Nyusi tomasse em conta as suas preocupações, pois, elegeu-o na esperança de ver os seus problemas resolvidos, nomeadamente a expansão do abastecimento de água potável, rede eléctrica e de telefonia móvel, melhoramento do sistema de transportes, serviços de saúde, educação, entre outros.

Temos fome aqui. Não nos pergunte por que tanta fome, enquanto somos um dos maiores criadores de gado, pois, nem todos somos criadores de gado. Se digo que temos fome, refiro-me aos pobres, disse Afonso Manhique.

Hortência Matias começou por agradecer ao governo pelo desenvolvimento que a província tem vindo a registar, em particular o distrito de Magude. Aqui, Matias enalteceu o facto de o distrito ter água, energia, estrada, e outros bens comuns.

Também pediu ao governo para melhorar a qualidade do sinal de televisão. Não obstante haver água, em Magude, a fonte disse não estar totalmente satisfeita, porque a mesma é salobre.

Assim, Matias pediu ao Presidente para ajudar a criar condições para a construção de uma represa, visando abastecer o distrito em água potável com melhor qualidade.

Jonas Baloi reconheceu que o governo local não dispõe de meios para responder a todos os desafios. Assim, pediu ao governo central para que crie melhores condições para o ensino das crianças, uma vez que algumas delas estudam debaixo das árvores e sentadas no chão.

Baloi lembrou que enquanto candidato, o Presidente prometeu construir uma ponte sobre o rio Incomáti. E, por isso, pediu para que esta promessa seja cumprida.

Em resposta a estas questões, tal como disse primeiramente, Nyusi prometeu resolver os problemas, mas disse precisar de tempo para concentrar-se de forma a resolvê-los.

Nesta deslocação à província de Maputo, o Chefe do Estado moçambicano, faz-se acompanhar pela sua esposa, Isaura Nyusi; ministros da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua; do Interior, Jaime Basílio Monteiro; Indústria e Comércio, Ernesto Tonela; e pelos Vice - Ministros da Juventude e Desportos, Ana Flávia de Azinheira; Agricultura e Segurança Alimentar, Luísa Meque e quadros da Presidência da República.

Durante a visita, o Presidente deverá escalar ainda os distritos de Manhiça, Marracuene, Namaacha e cidade da Matola.


(AIM) ALM/

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