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William
Tonet - Folha 8 digital (ao) – 09 maio 2015
Num
dos seus mais recentes pronunciamentos públicos, desta vez a propósito do
“Caso Kalupeteka”, o presidente José Eduardo dos Santos afirmou que a «seita
“Sétimo Dia Luz do Mundo” é uma ameaça para a paz e a estabilidade em Angola».
Esta asserção foi comentada negativamente pelo F8, partindo do princípio que
uma organização composta por cerca de 8.000 jamais poderia fazer frente a um
partido como o MPLA que é confundido pelos seus militantes com o país (Angola
é o MPLA e o MPLA é Angola) e se orgulha de ter 5 milhões de militantes.
Parece
ridículo, mas não é, porque, se por um lado é verdade que o minúsculo
David/Kalupeteka nunca poderá ser um perigo nem um desestabilizador para “o
maior partido de África”, o MPLA/JES, por outro, corre efectivamente o risco de
se desestabilizar, mas por obra quase exclusiva do próprio MPLA/JES.
Estamos
em Maio e, nesta conjuntura muito tensa em que vivemos por causa da repressão
policial, dos Serviços de Segurança de Estado e mesmo com intervenções
discretas mas visíveis das FAA’s, o desiquilíbrio político só é evitado
porque os partidos da oposição estão completamente amarfanhados e sem forças,
a sociedade civil, grita para fora, mas não se mexe cá dentro, e as potências
que se dizem defensoras de ideais democráticos calam-se porque o petróleo é
uma força contra a qual não convém de maneira nenhuma lutar.
F8,
muito antes de ter acontecido o que se passou no monte Sumi no passado dia 16
de Abril, onde manifestamente foi cometido um genocídio real, “improvável” mas
evidente, tem vindo a estudar o comportamento do partido no poder e foi
forçado a concluir que a reacção repressiva de extrema violência que se
verificou agora é uma simples repetição de reacções repressivas recorrentes e
características do MPLA ao longo da sua tortuosa história, a propósito da qual
estamos a preparar, um complex dossier, que pedimos contribuições de topdos os
leitores e amigos da democracia e liberdades, para que possamos levar as
barras do Tribunal Internacional de Haia, um conjunto de responsáveis
angolanos, ligados a crimes hediondos, contra a humanidade que não prescrevem.
A culpa dos genocídios em Angola não pode morrer solteira. Temos de começar a
denunciar os abusos e as chacinas seletivas, cometidas por gente, que tem
rosto, em nome da manutenção do poder.
Depois,
seguir-se-á a edição de um livro com algumas reflexões, descrevendo
situações que, do ponto de vista do seu significado analógico, no sentido
estrito de analogia, têm muito a ver com a reacção instintiva das forças de
segurança do Estado no dia 16 de Abril no monte Sumi, Km 25, na província do
Huambo.
Por
isso, cada um de nós deve começar a manifestar-se contra a constante e
permanente violação das liberdades e da democracia. Vamos dizer BASTA! Vamos
colocar na RUA, quem viola o Estado democrático. Não fique MUDO! Grite contra
a Corrupção e o abuso do poder.
*(Veja
mais pormenores nas páginas de Política)
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