sábado, 9 de maio de 2015

Angola. Polícias e ninjas repeliram “ataque” de contestação de ex-FAPLA e FALA




DESMOBILIZADOS FALHARAM A MANIFESTAÇÃO

 Folha 8 digital (ao) – 09 maio 2015

Acabaram-se as dúvidas, quanto a existência de demo­cracia em Angola. O texto é contrário a reali­dade, pois identificasse com uma DITADURA FASCISTA.

O regime liderado por Eduardo dos Santos vio­la grosseiramente o art.º 115.º “(…) Cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola e as leis do País;

Defender a independên­cia, a soberania, a unidade da Nação e a integridade territorial do País;

Defender a paz e a demo­cracia e promover a esta­bilidade, o bem -estar e o progresso social de todos os angolanos”.

Ora esta norma consti­tucional é violada, por Eduardo dos Santos, to­dos os dias contra os civis e, nos últimos tempos, tem, numa arriscada ou­sadia, galgado contra os ex-militares, muitos dos quais, um dia o serviram.

Mas, tal como o desres­peito a lei, também a in­gratidão fazem parte do AND do regime, ao pon­to de ao pretenderem cumprir com um direito constitucional, art.º 47.º (Liberdade de Reunião e de Manifestação).

1. É garantida a todos os cidadãos a liberdade de reunião e de manifestação pacífica e sem armas, sem necessidade de qualquer autorização e nos termos da lei.

2. As reuniões e manifes­tações em lugares públi­cos carecem de prévia co­municação à autoridade competente, nos termos e para os efeitos estabeleci­dos por lei”, foram selvati­camente reprimidos, por efectivos altamente mili­tarizados da Polícia de Intervenção Rápida, que os impediram de se manifes­tar, usando da violência.

Inteligentemente, os ex­-homens de gatilho do ELNA das FAPLA, FALA e ex-UGP/Casa Militar, não foram na cantiga dos mandatados do regime, tendente a provocar um confronto de grandes e imprevisíveis conse­quências, no passado dia 02.05.15, no Largo da In­dependência.

“Quem evita não é burro! Nós não vamos hoje, res­ponder as provocações, mas um dia, este aparato militar não lhes vai ser­vir de nada”, disse ao F8, Ngola Zangui.

O sentiment de revolta é muito grande, porquan­to” só agora entendemos que nunca tivemos um comandante em chefe. Este senhor é um mal agradecido e é com agradecimento, que lhe vamos tirar do poleiro, que lhe garante ser milionário”, afirma Manuel José, ex­-militar das FAPLA, para quem “isso é uma porra. É demais a humilhação. Um dia teremos de resol­ver isso de outra maneira, pois nem sempre estes ninjas, desavergonhados, vão virar as armas con­tra nós, porque têm no­ção que amanhã lhes vai acontecer”.

A polícia não agiu com sentido educativo ou de contenção, pelo contrário “deram bofetadas a mais velhos e porrada, como se fossemos miúdos, quando temos idade de ser pai de muitos deles” desabafou Mário Castro.

A organização garante, não estar de parte o cum­primento de reunirem e marchar 20.000 militares. “Hoje ensaiamos e estu­damos o “modus operan­di”, na próxima vamos reagir em conformidade; dente por dente, olho por olho e vamos ver se o sanguinário Eduardo vai nos matar a todos ou nós é que lhes vamos acabar. Temos de dar um basta nessa brincadeira de nos humilharmos, por cima dos nossos direitos, quan­do eles passam a vida a roubar”, acusa Joaquim Mbaxi.

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