Marilyn
Mosby afirma em Baltimore que morte de Freddie Gray foi homicídio. Seis agentes
envolvidos na prisão do jovem negro vão responder por crimes que acarretam
penas entre três anos e 30 anos de prisão.
A
promotora Marilyn Mosby afirmou nesta sexta-feira (01/05), em Baltimore, que a
morte do afro-americano Freddie Gray foi homicídio. A promotoria decidiu
indiciar seis policiais pelo assassinato do jovem: Brian Rice, Alicia White,
William Porter, Garrett Miller, Edward Nero e Caesar Goodson. O pedido de
prisão para os policiais foi emitido.
Os
seis policiais envolvidos na detenção de Gray serão indiciados por crimes que
vão desde agressão, má conduta, negligência, prisão ilegal e até homicídio, com
penas previstas entre três anos de detenção, podendo chegar até 30 anos de
prisão.
No
entanto, apenas o motorista da viatura, Goodson, será indiciado por homicídio
de segundo grau – quando há intenção de matar, mas sem planejamento prévio.
Rice, Porter e White são acusados de homicídio culposo, entre outros crimes.
Mosby
disse que o médico legista confirmou que a morte de Gray foi um homicídio e que
as lesões em sua coluna cervical ocorreram por ele ter sido colocado na viatura
sem cinto de segurança ou outra proteção. A autópsia comprovou que a lesão
fatal foi causada por uma pancada dentro do carro.
A
promotora afirmou, ainda, que houve paradas não relatadas em diferentes locais,
além de outra detenção efetuada e alegações que não correspondiam aos
depoimentos prestados pelos seis policiais. Segundo Mosby, a viatura parou seis
vezes.
"Para
a população de Baltimore e os manifestantes em todos os EUA, eu vou a sua
chamada para 'enquanto não houver justiça, não há paz'. A paz é necessária
enquanto eu trabalho para fazer justiça em nome desse jovem", afirmou
Mosby durante a entrevista coletiva, um
dia após a polícia ter concluído a investigação.
A
decisão de indiciar os seis policiais e a velocidade com a qual Mosby fez o
anúncio foram recebidas com grande comemoração nas ruas de Baltimore, onde
manifestantes, na última terça-feira, saquearam, queimaram carros e entraram em
confronto com a polícia.
Mais
manifestações foram planejadas em diversas cidades neste final de semana,
embora o anúncio desta sexta-feira possa mudar o tom dos próximos protestos.
Gray morreu no último dia 19 de abril após sofrer graves lesões na coluna.
Deutsche Welle - FC/rtr/afp/ap/efe
Sem comentários:
Enviar um comentário