Segundo
alguns órgãos de comunicação social portugueses, nomeadamente na área da Economia,
afirmam que a Grécia
terá solicitado, ao FMI, um adiamento
dos pagamentos das tranches
intermédias a este organismo, e pagar a totalidade do montante na
prestação do final do mês de Junho, no total de cerca de 1.500 milhões de €uros.
As
negociações, quer com o FMI – ainda há dias a sua directora-geral, Christine Lagarde,
afirmava que tinha convicção de que a Grécia iria pagar, esta sexta-feira
os 300 milhões de euros, que deve ao FMI –, como com a UE, está num
impasse sem precedentes. Os gregos não querem mais imposições económicas
impossíveis de serem aceites pelo povo grego, conforme foi expresso nas últimas
eleições legislativas, como parecem sentir pouca solidariedade dos seus parceiros
sedeados em Bruxelas.
Mais
do que estarem, eventualmente, a criar enormes e incómodos entraves financeiros
à Grécia, as Instituições credoras, principalmente a União Europeia (UE) e o
FMI, estão a empurrar os gregos não só do €uro, como da UE, mas, e
principalmente, estão colocar em causa uma Organização político-militar muito
importante no seio do hemisfério norte, a OTAN/NATO (ou dito, o Ocidente).
Segundo
já li, algures, creio que já este ano, os EUA avisaram a UE da necessidade dos
europeus terem bom senso com a Grécia, precisamente, por causa da NATO.
Os
norte-americanos, por certo, não gostariam de ver os gregos entrarem em
bancarrota e se aproximarem, talvez em demasia, quer de Russos, quer de
Chineses – embora estes já estejam bem instalados na Europa através de
significativos investimentos financeiros –, numa zona tão sensível como é o
Mediterrâneo bem como da proximidade do Canal do Suez.
Aqui
nem a Turquia, que mostra, por vezes e não poucas vezes, estar em situação de
catavento conforme as conveniências e posições políticas do momento, poderiam
valer aos ocidentais.
Ora,
é claro que a posição estratégica da Grécia, e uma inclinação para quem melhor
a pode valer, poderia tornar insustentável aquele “desvio” político-económico
com, para o Ocidente, evidentes, possíveis e pouco apelativas, sequelas
políticas e militares.
Por
certo que os senhores da Washington DC como da NATO, estarão a olhar,
apreensivos para esta situação e terão de tomar as necessárias precauções para
evitar que a bancarrota com os efeitos, já referidos, que a mesma poderia
provocar.
(imagem
via Google-mapas)
Reproduzido no portal Pravda.ru (http://port.pravda.ru/mundo/06-06-2015/38817-grecia_impasse-0/), em 6/Jun./2015
*Investigador
do CEI-IUL e CINAMIL
**Eugénio
Costa Almeida* – Pululu -
Página de um lusofónico angolano-português, licenciado e mestre em Relações Internacionais e
Doutorado em
Ciências Sociais - ramo Relações Internacionais -; nele
poderão aceder a ensaios académicos e artigos de opinião, relacionados com a
actividade académica, social e associativa.
Sem comentários:
Enviar um comentário