O
braço armado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), que reclama a
autonomia daquele território angolano, exigiu hoje a retirada dos cidadãos dos
cidadãos chineses daquele enclave, ameaçando que essa presença "será
severamente punida".
Em
comunicado enviado hoje à agência Lusa, em Luanda, aquela força "exige que
o Governo da República Popular da China repatrie urgentemente todos os seus
nacionais do território de Cabinda num prazo de 63 dias".
sta
posição surge 72 horas depois de o Presidente angolano, José Eduardo dos
Santos, ter realizado uma visita oficial à China, de cinco dias, durante a qual
foi acertado um reforço do apoio financeiro chinês a Angola, embora sem se
conhecerem pormenores desse entendimento.
"Não
sendo respeitada esta exigência, todo o tipo de empresas chinesas são alvos da
resistência cabindesa e toda a presença chinesa no território de Cabinda
caucionada pelo Governo angolano será severamente punida", adverte a
direção político-militar da FLEC/FAC (Forças Armadas Cabindesas), braço armado
da organização independentista.
No
mesmo comunicado, assinado pelo comandante da FLEC/FLAC Nzombu Terminator, é
recordado ao Governo chinês "que todos os compromissos e acordos assinados
com o Governo angolano não são válidos no território de Cabinda".
"Cabinda
é um território em guerra", lê-se ainda.
A
FLEC/FLAC assumiu em janeiro de 2010 a autoria do ataque, ocorrido nessa
altura, em Cabinda, à seleção de futebol do Togo, durante Taça das Nações
Africanas. O incidente aconteceu à entrada naquele território, envolvendo tiros
de metralhadora que que provocaram um morto e nove feridos na comitiva
togolesa.
A
FLEC luta pela independência de Cabinda, província de onde provém a maior parte
do petróleo angolano, e considera que o enclave é um protetorado português, tal
como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário