Em
causa está a detenção de quinze defensores de direitos humanos em Angola
Activistas
estão a convocar, através das redes sociais, uma manifestação para esta
quarta-feira, 24, em resposta a detenção de outros quinze defensores dos
direitos humanos, no sábado, em Luanda, entre eles, os também jornalistas
Sedrick de Carvalho e Domingos da Cruz. A respeito deste último,
entretanto, não há confirmação da prisão, mas até ao momento o Rede
Angola não conseguiu contactá-lo.
Sugerido
para decorrer no Largo da Independência, às 9h, os activistas pretendem com o
acto, “exigir liberdade incondicional de todos os presos políticos no país”.
De
acordo com informações publicadas nos perfis dos militantes, ao todo, nove
pessoas encontram-se desaparecidas. Sabe-se apenas que Luaty Beirão e Manuel
Nito Alves estariam detidos na 29ª Esquadra Policial. Há minutos a página dos
activistas no Facebook divulgou que “Samussuco está detido na divisão do
Kifica, o Mbanza Hamza, na divisão do bairro Uíge, Nuno Álvaro Dala, na divisão
do Katinton e Nelson Dibango, no Kilamba”.
Em
uma nota divulgada no sábado, o Serviço de Investigação Criminal do
Ministério do Interior tornou público que em “várias diligências nesta cidade
de Luanda”, foram levadas a cabo detenções em “flagrante delito de 13 (treze)
cidadãos nacionais, que se preparavam para realizar actos tendentes a alterar a
ordem e a segurança pública do país”, acrescentando ainda que “durante a
operação foram apreendidos uma série de meios de prova”.
Na
mesma nota o SIC refere que “os cidadãos ora detidos serão presentes ao
Ministério Público para cumprimento das demais formalidades legais”.
De
acordo com lista divulgada pelos activistas estão desaparecidos até ao momento,
Sedrick de Carvalho, Nicolas de Carvalho, Levi, Arantes Kivuvo, Graciano
Brinco, Valdemiro, Albano Bingo, Baixa de Cassange e Domingos da Cruz.
Ontem,
o Grupo de Apoio aos Presos Políticos Angolanos (GAPPA) pediu às
autoridades para informarem onde estão activistas dos direitos humanos detidos
em Luanda e lhes permitirem o acesso a advogados.
De
acordo com o grupo, “a operação ocorreu sem nenhum mandado de captura”.
O
GAPPA solicitou ainda às autoridades para entregarem “imediatamente os bens e
documentos retirados das casas dos presos, evitando prejuízos à vida
profissional dos familiares” e convidou “os angolanos a mostrarem o seu repúdio
a estas ações de caráter anticonstitucional e arbitrárias contra a liberdade de
reunião e a apoiarem sem reservas a necessidade de um estado de liberdade e
democracia em Angola”.
O Rede
Angola continua sem conseguir declarações de qualquer força de segurança.
Rede
Angola com Lusa
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