quinta-feira, 9 de julho de 2015

Angola. UMA GESTÃO RESPONSÁVEL CONTRA A MARÉ



Filomeno Manaças – Jornal de Angola. opinião

Apesar das adversidades que a economia angolana passou a conhecer (e não foi a única), na sequência da queda do preço do petróleo no mercado internacional a partir de Junho do ano passado, Angola tem estado a fazer face a esse período conturbado com uma boa gestão e desempenho macroeconómico satisfatório

O período conturbado representado por essa quebra do valor das ramas ainda não foi de todo ultrapassado, mas o ligeiro desafogo na situação financeira do país anunciado pelo Presidente José Eduardo dos Santos na reunião do comité central do MPLA, assente principalmente no aumento verificado do preço do petróleo, das receitas não petrolíferas e do recurso a linhas de crédito, confere mérito à estratégia adoptada pelo Executivo e abre, assim, boas perspectivas de retoma da economia num ambiente praticamente de “contra maré”. Há uma gestão responsável da economia que contraria muitos dos maus prognósticos que foram feitos quando despoletou no mercado a crise do preço do petróleo, com os valores a registarem uma queda vertiginosa mês após mês.

E é aqui que ganha peso significativo a dose de optimismo com que encaramos a aposta do Executivo num ligeiro aumento da despesa pública destinada aos sectores sociais, com prioridade para a saúde e educação, a par da manutenção do ritmo do processo de diversificação da economia através do asseguramento do investimento estrangeiro.

A visita do Presidente francês a Angola não foi apenas um acontecimento político. François Hollande disse no final da sua estadia que a grande presença de empresas francesas em Angola é um sinal claro de que o país tem um grande futuro económico pela frente. Estivesse Angola em caos e “prestes a explodir”, como a UNITA anda por aí a propalar, o estadista francês não teria cá posto os pés.

Hollande falou do prestígio de Angola e do seu Chefe de Estado. Não o fez porque quis agradar às autoridades angolanas, mas sim porque há factos concretos que provam a grande figura de estadista que é José Eduardo dos Santos.

Da presença de Hollande no nosso país resultaram acordos que vão não só reforçar a cooperação económica entre os dois países, mas a sua importância deve ser vista porque estão direccionados para a diversificação da economia e para a criação de empregos.

No mesmo sentido se enquadrou a visita do Presidente José Eduardo dos Santos à China, onde foi também possível obter financiamentos para dar continuidade a muitos dos projectos concebidos para melhorar as condições de vida das populações, promover o progresso social e económico, e sobretudo o ensino e a educação.

Mas isso tudo não agrada a quem quer ver Angola a caminhar para a frente. Uma série de notícias falsas foram de imediato postas a circular, com as redes sociais a ampliarem a sua divulgação. E foi dito, por exemplo, que Angola vendeu à China a província do Cuando Cubango. Como se a Constituição angolana permitisse tal barbaridade. Mas isso não nos admira. É fácil descortinar qual a origem de tão grande falsidade.

Contra os chineses temos aliás assistido à divulgação de informação não verdadeira e de cunho claramente xenófobo, o que não é feito em relação a outras nacionalidades.

O motivo está à vista: a cooperação com a China permitiu a Angola sair do sufoco pós-guerra em que se encontrava, pondo em marcha uma série de projectos que hoje ninguém ousa negar que vieram dar um grande contributo para a mudança de imagem do país. As centralidades são apenas as obras mais emblemáticas. As estradas que permitiram relançar a circulação rodoviária pelo país vêm de seguida. E há muitos outros projectos realizados e outros em curso.E tudo isso vai, dentro de poucos anos, transformar Angola num grande país. É com trabalho que o país cresce e se desenvolve e não com mentiras e intrigas políticas sem pernas para andar.

A ideia de que o país está “insustentável” e “prestes a explodir” só cabe na mente de quem ainda sonha com o passado de guerra e está sempre à espreita da mínima oportunidade para tentar lançar o caos e a desordem.

Apesar de um certo relaxamento na análise da situação por parte de alguns sectores da sociedade, é de levar a sério a advertência feita pelo Presidente da República de que “não se deve permitir que o povo angolano seja submetido a mais uma situação dramática como a que viveu em 27 de Maio de 1977, por causa de um golpe de Estado”.

Acompanhámos e sabemos todos como foi executada a “cartilha de Kiev”. Como começou e que evolução teve. Quem esteve a apoiar e que envolvimentos estrangeiros estiveram implicados na acção. Vimos como funcionaram as redes sociais que foram utilizadas para empolar a situação. Escusado será dizer quem lá esteve por diversas vezes a dar orientações.

E tivemos uma boa lição de que em democracia há manifestações e manifestações. Há as legítimas, legais e pacíficas. E há as que configuram claramente acções de natureza criminal. Lançar combustível aos pneus e atear fogo aos mesmos para construir barreiras e obstaculizar o trânsito de pessoas e viaturas, não tenhamos dúvidas, é arruaça, logo é uma acção que cai na alçada da justiça.


E não nos venham, pois, com a ladainha de que em democracia tudo é permitido! Precisamos todos de encarar com responsabilidade a condução do país e pôr de parte o infantilismo político.

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