Martinho Júnior, Luanda
1
– A passagem por Angola dos cinco combatentes cubanos anti terrorismo
recentemente libertados, deveriam suscitar muitas perguntas por parte dos
angolanos e, em particular, por parte de membros de sua juventude.
De
facto, na essência da questão, está a própria democracia e as tergiversas
ilusões que sobre ela recaem, quando ela é posta à prova como o foi com a
decisão de prender, julgar e condenar todos e cada um dos cinco heróis cubanos
que lutaram pela verdade contra o terrorismo!
2
– Há uma pergunta-chave que poderá merecer todo o tipo de encadeado de
perguntas:
Como
um estado como os Estados Unidos da América, que se diz exemplar e exponencial
em relação à democracia, aceita soltar por decisão política, aqueles que havia
prendido durante tanto tempo, julgados e condenados tão levianamente, conforme
o foram os cinco heróis cubanos?
A
partir dessa pergunta outras mais se poderão suscitar, entre elas:
-
Que tipo de manipulações houve com os respectivos processos judiciais, ferindo
o próprio quadro de leis dos Estados Unidos da América?
-
Que tipo de branqueamento foi feito, em termos de informação pública e pelos “média
de referência” contaminados, relativo às decisões ditas “judiciais” produzidas
pelos Tribunais dos Estados Unidos da América?
-
Como funciona o sistema prisional da “maior democracia do mundo”, perante
casos desta natureza?
-
Quantos (e quais) presos políticos não estarão afinal sujeitos às condições de
prisão mais rigorosa alguma vez concebida, na “maior democracia do mundo”?
Como
é possível o aprisionamento até de povos inteiros ao “diktat” da
conveniência dos poderosos 1% que procuram dominar nos Estados Unidos da
América e no mundo, como por exemplo o que tem vindo a acontecer com Porto Rico
e o Haiti, algo que tanto tem a ver com um mal disfarçado racismo que se tem
vindo a prolongar século após século?
3
– Vem tudo isto a propósito da campanha desencadeada pela “colina do
Miramar”, directa ou por interpostas pessoas ou entidades, sobre a detenção e
investigação em curso que pesa sobre os 15 jovens “revolucionários” em
relação aos quais se aguarda julgamento, tendo em conta que um deles, o
Carbono, conseguiu escapar e “pedir asilo político”!
Razão
tinha (e tem) o Comandante Hugo Chavez: com tanto carbono (por lástima quanto
preze inclui-se o carbono puro), à latitude de Luanda (e não só na sala
principal do edifício da ONU), também “cheira a enxofre por aqui”!
Foto:
Jovens angolanos recepcionam “os cinco” no Aeroporto 4 de Fevereiro em Luanda.
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