O
Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta sexta-feira à porta fechada com o
Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, depois do
responsável informar publicamente a organização sobre a situação no país.
A
informação foi confirmada à Lusa por uma fonte do Conselho de Segurança, que
adiantou ainda que a comunicação de Trovoada acrescenta novos dados sobre o
último relatório semestral sobre o país, que foi divulgado a 13 de agosto,
antes da demissão do Governo pelo Presidente da República.
O
embaixador do Brasil junto da ONU, Antonio Patriota, que preside ao Grupo de
Contacto para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz nas Nações
Unidas, falará na parte pública do encontro mas não deverá estar presente no
encontro à porta fechada.
No
relatório elaborado pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a
Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), o secretário-geral mostrava-se
já "preocupado com as divisões políticas e sociais enraizadas nos partidos
políticos e nas instituições do Estado".
"Tais
divisões continuam a comprometer a estabilidade duradoura e o desenvolvimento
da Guiné-Bissau", refere.
Contra
todas as posições dentro e fora do país, o Presidente da República da
Guiné-Bissau demitiu o Governo a 12 de agosto e designou como
primeiro-ministro, no dia 20, Baciro Djá, vice-presidente do PAIGC.
O
PAIGC, que venceu as eleições e tem maioria no Parlamento, acusou Vaz de
cometer "um golpe palaciano" e sustenta que não havia razão para
demitir o Executivo.
O
Parlamento da Guiné-Bissau pediu na segunda-feira que o Supremo Tribunal de
Justiça se pronuncie sobre as decisões do Presidente ao mesmo tempo que foi
criada uma comissão de inquérito para averiguar da veracidade da alegada
corrupção e outras ilegalidades invocadas por Vaz para destituir o Governo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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