A
Secretaria de Estado dos Estados Unidos espera que o julgamento agendado para
16 de novembro dos ativistas detidos em Angola seja "aberto e transparente
de acordo com a lei angolana".
A
Secretaria de Estado dos Estados Unidos está atenta ao caso dos ativistas
detidos em Angola e espera um julgamento de acordo com a lei angolana, refere
uma nota enviada à Lusa.
“Esperamos
com expetativa um julgamento aberto e transparente de acordo com a lei
angolana”, diz a nota, não confirmando que o país tenha mantido encontros
diplomáticos sobre o caso.
O rapper e
ativista angolano Luaty Beirão, internado sob detenção numa clínica de Luanda,
declarou hoje ter posto termo a uma greve de fome de protesto de 36 dias, mas
avisou que não vai desistir de lutar pelo fim da “greve humanitária e de
Justiça” em Angola.
Na
mesma nota enviada à Lusa, a Secretaria de Estado explica que tem acompanhado o
caso e que pretende continuar a fazê-lo.
“Continuamos
atentos ao caso contra os 15 jovens ativistas angolanos detidos em junho de
2015 e acusados em setembro de atos preparatórios para uma rebelião”, garante a
instituição.
Até
segunda-feira, Luaty Beirão cumpriu 36 dias em greve de fome, protestando
contra o que dizia ser o excesso da prisão preventiva e exigindo aguardar
julgamento em liberdade, como prevê a lei angolana.
O
músico e ativista, que também tem nacionalidade portuguesa, é um dos 15
ativistas angolanos em prisão preventiva sob acusação de atos preparatórios
para uma rebelião em Angola e um atentado contra o Presidente da República.
O
início do julgamento que envolve também outras duas arguidas em liberdade
provisória está agendado para 16 de novembro no Tribunal de Cacuaco, nos
arredores de Luanda.
Numa
visita ao país em maio do ano passado, o secretário de Estado John Kerry disse
que Angola é um parceiro “muito importante” para os Estados Unidos.
“Angola
é uma economia que tem crescido muito e continua a crescer. Falámos de formas
específicas dos dois países consolidarem essa relação”, adiantou o chefe da
diplomacia dos Estados Unidos.
Lusa,
em Observador
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