quarta-feira, 28 de outubro de 2015

EUA “atentos” e à espera de julgamento de ativistas “de acordo com lei angolana”



A Secretaria de Estado dos Estados Unidos espera que o julgamento agendado para 16 de novembro dos ativistas detidos em Angola seja "aberto e transparente de acordo com a lei angolana".

A Secretaria de Estado dos Estados Unidos está atenta ao caso dos ativistas detidos em Angola e espera um julgamento de acordo com a lei angolana, refere uma nota enviada à Lusa.

“Esperamos com expetativa um julgamento aberto e transparente de acordo com a lei angolana”, diz a nota, não confirmando que o país tenha mantido encontros diplomáticos sobre o caso.

O rapper e ativista angolano Luaty Beirão, internado sob detenção numa clínica de Luanda, declarou hoje ter posto termo a uma greve de fome de protesto de 36 dias, mas avisou que não vai desistir de lutar pelo fim da “greve humanitária e de Justiça” em Angola.

Na mesma nota enviada à Lusa, a Secretaria de Estado explica que tem acompanhado o caso e que pretende continuar a fazê-lo.

“Continuamos atentos ao caso contra os 15 jovens ativistas angolanos detidos em junho de 2015 e acusados em setembro de atos preparatórios para uma rebelião”, garante a instituição.

Até segunda-feira, Luaty Beirão cumpriu 36 dias em greve de fome, protestando contra o que dizia ser o excesso da prisão preventiva e exigindo aguardar julgamento em liberdade, como prevê a lei angolana.

O músico e ativista, que também tem nacionalidade portuguesa, é um dos 15 ativistas angolanos em prisão preventiva sob acusação de atos preparatórios para uma rebelião em Angola e um atentado contra o Presidente da República.

O início do julgamento que envolve também outras duas arguidas em liberdade provisória está agendado para 16 de novembro no Tribunal de Cacuaco, nos arredores de Luanda.

Numa visita ao país em maio do ano passado, o secretário de Estado John Kerry disse que Angola é um parceiro “muito importante” para os Estados Unidos.

“Angola é uma economia que tem crescido muito e continua a crescer. Falámos de formas específicas dos dois países consolidarem essa relação”, adiantou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

Lusa, em Observador

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