A
decisão da coligação está tomada e, sem o programa aprovado no Parlamento, PSD
e CDS não querem estar à frente de um governo de gestão.
As
promessas da Esquerda garantem que o programa apresentado na Assembleia da
República pela coligação PSD/CDS irá ser chumbado e, segundo noticia o jornal
i, Passos Coelho não pretende resistir à maioria parlamentar de PS, Bloco, PCP
e PEV, pelo que não ficará à frente de um governo de gestão.
Desta
forma, no dia em que o programa for rejeitado no Parlamento, o líder
social-democrata dirigir-se-á a Belém, onde revelará a Cavaco Silva a sua
decisão de não ter condições para ficar a gerir um governo provisório, com
pouca capacidade de decisão.
Perante
esta postura da coligação, o Presidente voltará a ter nas mãos a
responsabilidade de nomear um governo e, neste caso, a maioria de Esquerda
surgirá como a única opção, uma solução que Cavaco afastou, chegando mesmo a
tecer considerações controversas sobre a matéria.
Mesmo
que o chefe de Estado tente dissuadir Passos Coelho, a decisão da coligação estará
já tomada. “Imagine o que seria governar com leis aprovadas pela Esquerda, com
implicações orçamentais, durante oito meses”, comenta um dirigente do PSD ao
jornal i.
“O
Presidente pode dizer que este governo [de Esquerda] tem fragilidades, mas
seria pior para o país um governo de gestão”, garante outro membro da coligação
PSD/CDS, mostrando que, na sua opinião, um governo provisório não é uma solução
aceitável para a estabilidade do país.
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