sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sócrates libertado. Ministério Público diz que já não há risco de perturbar investigação



O ex-primeiro-ministro já pode sair de casa mas fica proibido de sair do país. Igual medida de coação para Carlos Santos Silva

As medidas de coação aplicadas a José Sócrates e a Carlos Santos Silva, arguidos na investigação na Operação Marquês, foram hoje alteradas de prisão domiciliária para proibição de ausência do território nacional, informa a Procuradoria-Geral da República (PGR) em nota à comunicação social.

Segundo a PGR, "o Ministério Público considera que se mostram consolidados os indícios recolhidos nos autos, bem como a integração jurídica dos factos imputados. Pelo que, na atual fase da investigação, diminuiu a suscetibilidade de perturbação da recolha e da conservação da prova".

A investigação, no entanto, ainda não está terminada. Após o fim do Segredo de Justiça agora decido pelo Tribunal da Relação, "o que implica o acesso de todos os arguidos aos autos, subsiste a necessidade de conformação de versões e justificações dos arguidos, bem como a possibilidade de conformar factos desenvolvidos noutros países".

O Tribunal da Relação que confirmou o fim do segredo de justiça interno o que permite que João Araújo e Pedro Delille possam consultar os autos da Operação Marquês. O Ministério Público vai recorrer desta decisão para o Tribunal Constitucional, mas este recurso não é suspensivo, pelo que a defesa do ex-primeiro-ministro poderá consultar o processo a partir de segunda-feira.

Diário de Notícias

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